O partido Gregos Independentes seguiu o caminho do Syriza com um “não” à coligação governamental liderada pelo Nova Democracia, vencedor das eleições de domingo.
O líder do partido grego Nova Democracia, Antonis Samaras, iniciou ontem à tarde conversações urgentes com os principais partidos gregos para tentar formar Governo.
O anúncio do “sim” do PASOK numa coligação ficou em stand-by. Após o encontro com Samaras, o líder Evangelos Venizelos não rejeitou a integração, mas defendeu uma representatividade ampla, com o maior número de partidos possível.
“Devemos enviar, internamente, para o povo grego, uma mensagem de unidade, coesão social, segurança e perspetiva. E devemos enviar para o exterior uma mensagem de credibilidade, seriedade e de uma posição forte de negociação. Todas as forças estão obrigadas a ajudar nesse sentido”, sustentou Venizelos.
“O país precisa de um Governo de imediato”, afirmou ainda o líder socialista, sublinhando que as negociações devem estar concluídas até esta terça-feira.
O Nova Democracia e o Pasok são a favor do programa de assistência financeira da troika.
“Chegámos a acordo com Venizelos sobre a constituição de um governo de salvação nacional no prazo previsto. Vamos voltar a reunir-nos”, afirmou Samaras no final do encontro de 40 minutos com Venizelos.
Enquanto o PASOK aguarda os resultados da reunião desta terça-feira liderada pelo Presidente Karolos Papoulias, o partido Gregos Independentes, chefiado por Pamos Kammenos, disse “não” a Samaras, por rejeitar o acordo do resgate.
Também o Syriza já tinha anunciado que não iria tentar participar num Executivo liderado pelo Nova Democracia e se colocaria de imediato na oposição.
Antonis Samaras foi esta segunda-feira mandatado pelo Presidente para alcançar um Governo de coligação nos próximos três dias, como prevê a Constituição.