PJ investiga origem e destino das 1,1 toneladas de haxixe apreendidas esta semana

ouvir notícia

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a origem e o destino das 1,1 toneladas de haxixe apreendidas na sexta-feira, dia 1, a sul de Portugal e apurar a ligação a redes internacionais de narcotráfico dos dois homens detidos.

“Desconhecemos qual o destino das cerca de 1,1 toneladas de haxixe porque estamos perante grupos que atuam em qualquer sitio, fazendo a sua análise de risco e, consoante as informações de terra, tanto descarregam em Portugal como em Espanha, indicou o diretor da PJ de Faro.

As autoridades portuguesas, numa ação conjunta da Autoridade Marítima Nacional (AMN), Marinha Portuguesa e Força Aérea, apreenderam hoje de madrugada 1,1 toneladas de haxixe e detiveram dois homens durante uma ação de combate ao narcotráfico, em águas internacionais, a sul de Portugal.

- Publicidade -

Em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa no Cais Comercial de Faro, o diretor da PJ de Faro referiu que “a forma como a droga está acondicionada, indica que se está perante um ‘modus operandi’ diferente destes grupos”.

“Estes fardos têm características diferentes das habituais”, realçou Fernando Jordão.

O responsável adiantou que a PJ “vai agora desenvolver ações de investigação, nomeadamente a troca de informações com outros países, para apurar a origem e destino” do produto estupefaciente.

Segundo Fernando Jordão, o aumento de lanchas de alta velocidade ao largo das águas portuguesas “funciona como que uma plataforma, onde é aguardada a oportunidade para efetuarem os descarregamentos que podem ser em Portugal ou em Espanha.

De acordo com o comandante da Zona Marítima do Sul, Mário Figueiredo, na operação denominada “Porta fechada” foram apreendidas três embarcações de alta velocidade, uma das quais continha os 41 fardos de haxixe e uma outra com cerca de 20 jerricãs de combustível.

Dos seis tripulantes das lanchas, de nacionalidades francesa, espanhola e marroquina, com idades entre os 24 e os 48 anos, as autoridades detiveram os dois que se encontravam na embarcação com a droga, tendo os restantes sido identificados, adiantou o responsável.

A operação decorreu a cerca de 80 milhas náuticas, aproximadamente 148 quilómetros a sul de Portugal, em águas internacionais.

Na ação participou uma aeronave da Força Aérea, dois navios da Marinha e três embarcações de alta velocidade, sendo uma operada por fuzileiros.

Segundo aquele comandante, “os tripulantes das embarcações tentaram fugir, mas acabaram por ser intercetados pelas autoridades e não estavam armados nem ofereceram resistência à detenção”.

Na opinião de Mário Figueiredo, o aumento de apreensões de lanchas de alta velocidade, de estupefacientes e de detenções de alegados envolvidos no tráfico de droga, “deve-se a uma maior vigilância das autoridades portuguesas, o que aumenta o risco das redes optarem por descarregar a droga em Portugal”.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.