Em nome da mobilidade urbana sustentável e suave, Portimão passa agora a fazer parte da recém-criada Rede de Cidades e Vilas que Caminham (RCVC), na sequência do protocolo assinado esta segunda-feira, dia 17 de abril, entre o município e o Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM), foi hoje anunciado.
A RCVC agrupa cerca de 40 municípios portugueses e visa articular ações conjuntas com a sua congénere espanhola, numa perspetiva de trabalho integrado, objetivando o aumento da qualidade de vida, com foco principal no peão e na transversalidade da sua experiência, independentemente de circular em área urbana ou rural.
Na apresentação da rede, a engenheira Paula Teles, fundadora e presidente do ICVM, defendeu que a RCVC agrupa “políticas que se cruzam no espaço público em prol de um planeamento de mobilidade urbana suave, muito na ótica da ‘Cidade 15 Minutos’, lutando pela descarbonização e pela humanização.
Segundo a responsável, “aquilo que se pretende é que as autarquias partilhem boas práticas, trabalhando em conjunto, prevendo-se que para a semana tenha lugar a primeira ação de formação a nível nacional, dirigida aos técnicos camarários das áreas abrangidas pelas estratégias da mobilidade e sustentabilidade, e que se prolongará até ao fim do ano.”
Paula Teles referiu ainda que também será criada uma plataforma na Internet, a qual “será um reservatório de informação técnica e apoio político, onde caberão os quadros comunitários ligados a esta temática, para aproveitamento por parte das autarquias.”
Para a presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, “uma cidade é muito mais sustentável se caminhar desta forma, isto é, se encontrar espaços para os cidadãos, proporcionando-lhes bem-estar, conforto e uma forma de melhor conhecer a sua terra.”
A propósito desta temática, a autarca adiantou que o projeto para construção de um elevador de acesso ao areal da Praia da Rocha se encontra concluído, devendo ser lançado em breve o concurso para a respetiva obra.
O princípio fundamental da RCVC é que a mobilidade urbana suave e sustentável possa permitir às pessoas das cidades, vilas ou aldeias, condições e escolhas de acessibilidade e mobilidade que lhes proporcionem deslocações seguras, confortáveis, com tempos aceitáveis e custos acessíveis.