Portugal perdeu 115 mil residentes em dois anos

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A população residente estimada para 2013 foi de 10.427.201 pessoas, um número que tem vindo sempre a descer desde 2009

De um ano para o outro, entre 2012 e 2013 Portugal perdeu quase 60 mil habitantes, mais do que se verificara no ano anterior (a diferença tinha sido de 55 mil residentes). Se juntarmos a perda dos dois anos, a diferença na população é de 115 mil pessoas, mostram os dados revelados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A população residente estimada para 2013 foi de 10.427.301 pessoas, um número que tem vindo sempre a descer desde 2010. E para a nova quebra do último ano voltou a contribuir a diminuição dos nascimentos e o aumento dos emigrantes, refletidos no saldo natural e no saldo migratório, ambos negativos e com valores ainda mais baixos do que no ano anterior.

Se por um lado o número de nascimentos de mães residentes em Portugal voltou a diminuir (nasceram 82767 bebés, menos 7,9% do que em 2012), o número de mortes também baixou (morreram 106.543 pessoas, menos 1% do que no ano anterior). O que isto significa é que voltaram a morrer mais pessoas do que as que nasceram.

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Aumenta a emigração

Já no que toca ao saldo migratório, a tendência acentua-se. Há três anos que o valor é negativo: ou seja, saem mais pessoas do que as que entram. Os números provam-no: aumentou o número de pessoas que decidiram emigrar de forma permanente (ou seja, por um período igual ou superior a um ano). De cerca de 52 mil em 2012 passaram a quase 54 mil no ano passado.

Também aumentou o número de pessoas que decidiram emigrar temporariamente (por um período inferior a um ano). Eram cerca de 69 mil em 2012 e passaram a 74 mil no ano passado (refletindo um aumento de 7%). Por definição, explica o INE, “os emigrantes temporários fazem parte da população residente pelo que não integram o saldo migratório anual”.

Se se somarem os emigrantes temporários aos permanentes, percebe-se que são mais de 128 mil os portugueses que por alguma razão decidiram emigrar (mais do que os 121 mil de 2012).

A única diferença em termos opostos é o número de imigrantes permanentes, que aumentou entre 2012 e 2013 (passando de cerca de 15 mil para 18 mil).

Ainda menos filhos

A sublinhar, ainda, a nova diminuição do número médio de filhos por mulher, que atinge outro mínimo histórico. São agora 1,21 filhos por mulher, mostrando um declínio acentuada nos últimos dois anos.

O outro factor a contribuir para a descida da população é a diminuição da mortalidade e o aumento da esperança média de vida. “As alterações na dimensão e na composição por sexo e idade da população residente em Portugal, em consequência da descida da natalidade, do aumento da longevidade e, mais recentemente, do impacto da emigração, indiciam, para além do decréscimo populacional nos últimos anos, um agravamento do envelhecimento demográfico”, aponta o INE.

Mais uma vez, os números mostram-no: se em 2012 havia 131 idosos por cada 100 jovens, no ano passado passou a haver 136 por cada 100.

RE

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