A Ria Formosa foi o palco de uma série de testes de um projeto de investigação europeu coordenado pelo Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL) durante esta semana. Os testes do projeto Underwater Acoustic Network (UAN) decorreram entre os dias 14 e 17 e visaram a integração e experimentação dos equipamentos dos diferentes parceiros do projeto, designadamente agregados de sensores acústicos, modems de comunicação acústica e minissubmarinos robotizados.
O projeto tem um financiamento da União Europeia de três milhões de euros e envolve instituições de investigação de Portugal, através do CINTAL, da Itália, Noruega e Suécia. Para este estudo, a Universidade do Algarve destacou cinco investigadores do CINTAL.
De acordo com as informações divulgadas pela universidade, o projeto consiste na conceção, desenvolvimento e testes no mar de um conceito inovador de sensores aéreos e submarinos que operam de forma integrada com o objetivo de de proteger infraestruturas ao largo da costa. Portos, plataformas petrolíferas, sítios arqueológicos, plataformas para exploração de recursos naturais e centrais de energia das ondas são algumas das infraestruturas que podem beneficiar deste sistema.
“A segurança dessas infra-estruturas requer uma atuação integrada de sensores submarinos, terrestres e aéreos, e de dispositivos de vigilância, monitorização e dissuasão. Em particular o UAN, centra-se no desenvolvimento de uma rede submarina de unidades fixas e móveis que comunicam entre si por meios acústicos e que, através de uma estação-de-base, comunicam com o sistema integrado de proteção. Com esta otimização das comunicações acústica e submarina, espera-se que seja possível estender o conceito de redes de sensores IP (vulgo internet) para ambientes submarinos”, refere o comunicado da Universidade do Algarve.
O projeto teve início em 2008 e será dado por concluído em Outubro deste ano.
Projeto europeu liderado pela Universidade do Algarve testado na Ria Formosa
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