PSD à frente mas com PS nos calcanhares

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O PSD lidera as intenções de voto a pouco menos de duas semanas das eleições legislativas, mas o PS aparece colado aos sociais-democratas, apenas a 0,5 por cento. Este é o resultado da primeira de dez sondagens diárias que o Expresso publica até ao final da campanha. O inquérito da Eurosondagem mostra que o eleitorado ainda está muito dividido.

 

Os dois partidos estão dentro do que se chama a margem de erro, não se podendo dizer claramente que um vai ganhar as eleições ou que está claramente destacado para ser o vencedor a 5 de junho. O PSD surge com 33,1 por cento, enquanto os socialistas alcançam 32,6 pontos percentuais.

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Em terceiro lugar aparece, destacado, o CDS/PP de Paulo Portas, com 13,7 por cento das intenções de voto. Os dois restantes partidos, CDU e Bloco de Esquerda, aparecem com uma votação somada semelhante à dos centristas (13,7 contra 14,2).

Esquerda e direita empatadas

Se agruparmos os resultados verificamos que esquerda e direita permanecem totalmente empatadas: os dois partidos mais à direita somam 46,8% e os três mais à esquerda exatamente o mesmo resultado.

Esta soma é importante para podermos perceber se a maioria dos deputados eleitos para a próxima Assembleia da República estará à esquerda ou à direita do hemiciclo e, dessa forma, percebe que espécie de maioria para governar pode ser alcançada.

Bloco central?

A proximidade dos dois maiores partidos permite ainda olhar para os resultados de outra forma: PS e PSD somados perfazem 65,7% por cento das intenções de voto e pode renascer a ideia de re-edição de um bloco central, sobretudo numa altura em que se sabe que as exigências da governação vão ser enormes.

E agora?

Depois de semanas com os dois partidos muito colados, e com a indecisão sobre o vencedor das eleições a dominar a agenda, os últimos dias pareciam trazer uma descolagem do PSD. Primeiro, por causa da onda criada em torno da prestação de Pedro Passos Coelho no último debate televisivo, com José Sócrates. E, segundo, devido a outra sondagem publicada no início da semana, pela Intercampus, nas quais os sociais-democratas estavam mais destacados na liderança.

Mas a sondagem da Eurosondagem volta a lançar a dúvida: será que o PS ainda consegue ganhar as eleições? Seja qual for a resposta, ou o que cada leitor pensar sobre o assunto, um dado parece indesmentível: esta sondagem volta a acender a luta na campanha eleitoral. Sobretudo quando, como mostra a sondagem, o número de indecisos ainda é muito elevado: 25,1% dos inquiridos responderam “não sabe” ou “não responde”.

Ficha técnica
O estudo continuo (tracking poll) da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença começa hoje, terça-feira, a ser publicado.
Ao todo serão 10 sondagens, uma por dia, até ao dia 3 de junho, antevéspera das eleições.
O próximo domingo (29 de maio) é o único dia em que não haverá sondagem.
O estudo continuo consiste num total de cinco mil entrevistas validadas. Ou seja, 500 por dia.
No primeiro dia, hoje, a sondagem é feita com base nas primeiras 500 entrevistas. E amanhã, quarta-feira, será feita com mil entrevistas, com uma ponderação de 50% do resultado de cada bloco.
No terceiro dia, a sondagem será feita com uma ponderação de 30% para cada um dos dois primeiros dias, e 40% para o último dia. E assim sucessivamente.

JA/Rede Expresso
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