Com o Governo a capitalizar o descontentamento dos portugueses face às medidas de austeridade de combate à crise, o PSD surge cada vez mais confortável na liderança das intenções de voto dos eleitores, deixando o PS cada vez mais para trás.
A conclusão surge expressa no último trabalho da Eurosondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, o qual apresenta como principal nota de destaque a queda acentuada dos socialistas nas preferências dos portugueses, agora com apenas 30,0% (menos 5,3% do que no último mês) das intenções de voto.
Já o PSD, continua no seu percurso ascendente, tendo subido mais 1,5%, o que lhe permite apresentar um score de 36,9%.
Quanto aos restantes partidos com assento parlamentar, o CDS-PP surge como a terceira força política com mais intenções de voto (9,3%), apenas mais 0,1% do que o Bloco de Esquerda, que, por seu lado, relega assim o PCP para o terceiro e último posto das preferências, com apenas 8,8%.
Neste último trabalho da Eurosondagem, em que o número de indecisos ou que diz não saber/não responder é de 5,8%, o Presidente da República, Cavaco Silva, assume-se como o político com maior subida no índice de popularidade entre os portugueses, seguido do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, do líder bloquista Francisco Louça e do presidente do CDS-PP, Paulo Portas.
Entre as classes profissionais, os juízes são os que registam maior quebra de popularidade, numa classificação de que fazem ainda parte os deputados.
Em queda estão igualmente o Primeiro-Ministro, o Governo e o líder do PSD, Pedro Passo Coelho, ainda que o social-democrata com um saldo de popularidade mais positivo do que o homólogo do PS, José Sócrates.
A cair no índice de popularidade está igualmente o Ministério Público.
