Resíduos na lixeira de Vale da Venda já não estão em combustão

O comandante dos Bombeiros de Loulé, Irlandino Santos, também confirmou que a empresa extinguiu os focos em combustão

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Os focos em combustão na lixeira de Vale da Venda (Loulé), afetada por um incêndio em julho, já não estão a emitir fumos, comunicou esta quinta-feira o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

“A última informação que temos da ação de fiscalização que fizemos com todas as entidades é que, neste momento, não há emissão de fumos” a partir do depósito de resíduos da empresa Inertegarve, declarou José Apolinário.

O comandante dos Bombeiros de Loulé, Irlandino Santos, também confirmou que a empresa extinguiu os focos em combustão na lixeira em Vale da Venda, na freguesia de Almancil.

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A fiscalização ao local, realizada no dia 26 de agosto, envolveu responsáveis da CCDR/Algarve, Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Autoridade de Saúde Pública, Câmara de Loulé, Proteção Civil regional, Bombeiros Municipais de Loulé e GNR.

O incêndio no depósito de resíduos da empresa resultou do fogo que deflagrou em 14 de julho nas Gambelas (Faro) e alastrou ao município vizinho de Loulé, tendo os bombeiros estado no local até ser controlado o incêndio e a combustão remanescente ter deixado de constituir risco.

Desde então, os resíduos de construção e demolição mantinham-se em combustão, libertando fumos com gases tóxicos que eram sentidos a vários quilómetros de distância do local, o que motivou queixas da população e a intervenção da CCDR do Algarve, que suspendeu parcialmente a licença de atividade da empresa.

“Tanto quanto sei, a queima de resíduos foi coberta por terra e já não há emissões”, afirmou o comandante daquela corporação, sublinhando que, no que respeita aos bombeiros, “a operação está terminada há muito tempo”.

“Há muito tempo que aquilo deixou de ser o incêndio e era uma queima de resíduos. Quando perde o potencial de perigo e risco, já não é mais um incêndio e é uma queima”, esclareceu.

Segundo aquele responsável, desde que o fogo foi controlado e os materiais se mantiveram apenas em combustão, passou a ser “mais uma questão de saúde pública”.

Irlandino Santos sublinhou que, apesar de poder parecer apenas uma questão “semântica”, em termos de operação, para os bombeiros, “é diferente”.

A 22 de agosto, após conhecer o relatório de monitorização da qualidade do ar encomendado pela CCDR, a Autoridade de Saúde Pública do Algarve determinou “a extinção imediata” dos focos de material em combustão.

Segundo sustentou, na altura, a delegada de Saúde regional, Ana Cristina Guerreiro, os parâmetros Partículas em Suspensão (PM10) e Benzeno eram “superiores aos valores indicativos utilizados por analogia como referência”.

No final de agosto, o autarca de Loulé disse que estavam a ser utilizados “todos os meios legais” para que a empresa extinguisse os focos em combustão.

“Estamos a utilizar todos os mecanismos que legalmente são possíveis para que a empresa resolva a situação o mais rapidamente possível, pois trata-se de uma situação de saúde pública”, indicou, na altura, Vítor Aleixo.

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