Revitalização urbana e económica na base da estratégia de desenvolvimento

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Quarteira celebrou o seu 12º aniversário enquanto cidade com a inauguração do novo depósito de água e o derrube dos últimos armazéns do antigo Bairro dos Pescadores. O presidente da Junta de Freguesia, José Coelho Mendes, falou um pouco sobre a realidade quarteirense ao JA

JA – Quais os problemas que afetam a população da freguesia atualmente?
JCM –Um dos maiores problemas é o desemprego que afeta a freguesia e o país. Os problemas nas freguesias nunca acabam e o nosso dever é trabalhar em prol da qualidade de vida da população e assegurar que se sente segura. A segurança é outro problema que afeta Quarteira e que também resulta da crise económica. Na área da saúde sabermos que estamos dentro dos parâmetros normais nacionais mas que gostaríamos de poder melhorar.
JA – Chegam-lhe muitos pedidos de ajuda dos cidadãos?
JCM – Infelizmente chegam e da mais variada natureza. As pessoas estão a chegar ao limite mínimo para poderem viver.
JA – Estão assegurados os profissionais de saúde e de segurança necessários para a época alta?
JCM – Até agora os profissionais têm sido destacados em função dos 16 mil habitantes registados nos anteriores censos. Nos censos realizados este ano ultrapassámos os 22 mil habitantes residentes pelo que Quarteira já merecia um serviço de saúde de apoio permanente. A reivindicação de mais agentes de segurança na freguesia é permanente. Até agora, quando se têm transferido elementos de segurança para Quarteira tem-se feito conta com os 16 mil e não com os quase 23 mil habitantes. Os elementos de segurança destacados não chegam para os quase 23 mil que cá residem quanto mais para os turistas que chegam a atingir os 150 mil.
JA – De que forma a crise está a afetar o programa que apresentou nas últimas eleições?
JCM – Afeta sempre até porque todos os investimentos que são feitos na freguesia dependem das receitas da autarquia. A Câmara Municipal de Loulé vivia muito do IMT e, com a crise, viu as receitas deste imposto reduzirem cerca de 20 milhões. Isto significa que há menos 20 milhões para investir no concelho. Nesse sentido, as obras previstas para este mandato estarão provavelmente ameaçadas ou parte delas.
JA – Pode dar algum exemplo?
JCM – O Plano de Urbanização Norte-Nordeste de Quarteira que faz a expansão da malha urbana de Quarteira no sentido de Loulé e Almancil é um dos casos assim como a Avenida Norte que já está adjudicada e que provavelmente irá atrasar por falta de verbas. O Centro Cultural poderá ver a sua concretização adiada. Quero sublinhar que estes investimentos ainda que sofram atrasos não se vão deixar de fazer.
JA – Qual a estratégia de desenvolvimento da freguesia que defende?
JCM – Penso que temos estado a trabalhar no rumo certo. Temos feito obras com vista à dignificação da freguesia. Assistimos agora à eliminação do antigo Bairro dos Pescadores. Para mim, este foi um dos trabalhos mais significativos que vem por fim a uma série de problemas sociais. Agora começa o trabalho de urbanização daquela zona e de construção da ligação entre Quarteira e Vilamoura.
Em 1995 propus a criação de uma zona industrial. O processo teve alguns atrasos mas está quase pronto. Penso que em breve estarão reunidas condições para que os empresários possam adquirir lotes. Acredito que será fonte de criação de postos de trabalho.

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1 COMENTÁRIO

  1. Passeando pelo “Calçadão” encara-se com as lojas (ex-restaurantes) fechadas, e a degradarem-se, emprestando um ar de decadência como dantes nunca visto. Esta visão estereotipada prenuncia tempos piores que se avizinham para Quarteira.
    Não haverá volta a dar neste aspecto de abandono a que esses espaços irão ser votados nos próximos anos, já que são pertença de privados. E como se sabe não será possível vir a demovê-los para terem esses espaços abertos ou bem tratados – esteticamente. É o lado preververso da gestão privada e não haverá volta a dar. Quarteira fará então lembrar o lado pior de uma construção desenfreada que a assassinou naquilo que aquela beira-mar tinha de melhor – o espaço paisagístico e convivial existente ainda no início dos anos 60. Depois a partir desses anos não ficou por impermeabilizar um metro quadrado, como se a ordem fosse tapar todo o solo com betão e calçada.

    Hoje o resultado está à vista. Igual que o pior de Torremolinos aqui ao lado que tinha nascido
     para o turismo de massas.

    Está em cima da mesa um “Ciclo de Debates Turismo do Algarve 2011 / «Novas Perspectivas para o Algarve – Turismo de Nichos». Como facilmente nos poderemos aperceber, tudo o que se irá tentar compreender através deste forum público, Quarteira estará totalmente fora deste debate, porque não tem qualquer nicho que não sejam outros (pelo pior), menos os de qualidade turística com espaço digno para poder proporcionar recato a quem a quiser visitar. Não tendo indústria que não seja a do turismo, motor de todo o desenvolvimento da sua “cidade”, de que irá ela viver nos próximos anos que se avizinham pelo pior – que são de crise?
    O prognóstico é preocupante e todas as perspectivas de solução são duvidosas e de êxito problemático, não restando outra esperança que não seja o aumento de tudo o que de mau que ela já comporta desde há muitos anos. 

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