S. Brás homenageia Gago Coutinho e Sacadura Cabral

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Guiados pelos astros e por um sonho imensurável, Gago Coutinho e Sacadura Cabral concluíram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul no dia 17 de junho de 1922, com a chegada ao Rio de Janeiro, no Brasil. A réplica do hidroavião “Santa Cruz” foi inaugurada na quinta-feira em São Brás de Alportel durante a cerimónia de celebração do 95.º aniversário do início da travessia.

O monumento que homenageia a coragem e ousadia dos dois heróis nacionais é uma obra de Carlos de Oliveira Correia e respeita as dimensões reais do hidroavião, com uma altura de 3,7 metros e 14 metros de envergadura. A peça de arte pública está, a partir de agora, instalada no jardim das Piscinas Municipais Cobertas, junto à Rua Dr. Alberto de Sousa, para perpetuar a História de Portugal no concelho de onde é natural a família paterna de Gago Coutinho.

Com forte emoção no olhar, o autor e benemérito da obra viu meio milhar de horas de dedicação, empenho e trabalho árduo serem compensadas perante a exibição pública da réplica do hidroavião “Santa Cruz”.

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“Com um agradecimento especial a Carlos de Oliveira Correia, pela muito especial oferta que fez ao concelho”, o presidente Vítor Guerreiro reafirmou a boa vontade do Município em acolher uma obra de arte que vem “dignificar a História de São Brás de Alportel e de Portugal e perpetuar nas nossas memórias o feito histórico de dois heróis nacionais, recordando as origens são-brasenses de Gago Coutinho”.

A viagem de Gago Coutinho, que assumiu funções enquanto navegador, e Sacadura Cabral, o piloto, teve início no dia 30 de março de 1922 com partida de Lisboa, a bordo de um hidroavião monomotor Fairey IIID modificado, batizado de “Lusitânia”. Começava assim um sonho que envolveu uma minuciosa preparação, tendo Gago Coutinho concebido para o efeito um método de navegação astronómica de precisão pioneiro, que mudou para sempre a história da aeronáutica no Mundo.

Na primeira travessia aérea do Atlântico Sul foram percorridos 8.364 Km a uma velocidade média de 134 Km/h. Depois de alguns contratempos, e após a necessária substituição do hidroavião, Coutinho e Cabral chegaram ao Rio de Janeiro, no Brasil, a bordo de um terceiro Fairey IIID, que haveria de receber o nome de “Santa Cruz”.

A ligação de Gago Coutinho a São Brás de Alportel ascende às suas origens, pois o avô paterno era natural de São Brás de Alportel, bem como o pai, José Viegas Gago Coutinho. O novo monumento “Santa Cruz” constitui um novo atrativo turístico para o município, de elevado interesse histórico.

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