Segurança em risco por falta de meios e efetivos

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A GNR alerta que “há zonas do Algarve em que se potenciam as situações que podem resultar em violência” devido à falta de efetivos

Numa altura em que o Algarve conta com cerca de um milhão e meio de pessoas, entre turistas e residentes, e apesar do reforço do número de militares da GNR, os elementos desta força de segurança apontam limitações. “Não há meios nem efetivos suficientes”, reclama a Associação Profissional da Guarda (APG), admitindo que “nem os próprios profissionais da GNR se sentem seguros”. Em causa estão as recentes agressões a elementos da GNR em Albufeira, cenas que já se repetem há dois anos, sempre por esta altura, com a associação a exigir medidas para acabar com esta “nova moda” da noite algarvia

 

“Como verão o Algarve aqueles que o escolhem como destino de férias, ao terem conhecimento que nem os próprios profissionais da GNR se sentem seguros?”. O alerta foi levantado na semana passada pela própria Associação dos Profissionais da Guarda (APG), referindo-se em concreto aos oito jovens turistas franceses que atacaram elementos da GNR de Albufeira, no início deste mês, ferindo três deles. Mas este não foi um caso isolado, pois nos últimos dois anos, sempre em agosto, já houve vários casos semelhantes.

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No ano passado, por esta altura, a associação já denunciava uma “nova moda” na noite algarvia: fazer apostas para ver quem consegue agredir mais militares da GNR.

Mas esta não é a única preocupação da GNR, pois também há cada vez mais casos de elementos agredidos em assaltos e distúrbios na região, durante todo o ano.

Face a estes episódios, a APG exige medidas por parte do Governo para acabar com a impunidade e frequência com que se repetem as agressões aos militares daquela força de segurança.

Para os profissionais da GNR, apesar de a legislação prever um agravamento de pena para este tipo de crime, “a verdade é que raramente há consequências para quem o pratica”.

“Como temos vindo reiteradamente a denunciar, as agressões e injúrias a agentes da autoridade estão a cair na banalização”, denuncia a APG, frisando que “é o sentimento de impunidade que faz com que casos como este se multipliquem”.

“Recursos humanos são insuficientes”

No caso particular das recentes agressões na movimentada zona da Oura, em Albufeira, a associação diz que “a impunidade é absoluta, pois, tratando-se de cidadãos estrangeiros, depois de detidos são libertados e, naturalmente que quando são notificados para comparecer em tribunal, será difícil que isso aconteça e certamente já poderão estar no seu país de origem”.

Desta forma, os profissionais da GNR acentuam que “é a própria autoridade do Estado que fica comprometida, pois são os agentes o seu primeiro rosto junto das populações”.

Tal como é habitual, a GNR reforçou este ano o seu dispositivo de segurança durante os meses de verão na região com quase 200 elementos. Esse reforço juntou-se aos mais de 1.200 efetivos existentes na GNR no Algarve.

Mas, apesar do aumento do número de militares da GNR, os elementos desta força de segurança apontam limitações. “Há zonas do Algarve que na época de veraneio têm um acréscimo sazonal de população, em que se potenciam as situações que podem resultar em violência, sendo que os recursos humanos disponibilizados são insuficientes”, garante a APG, sublinhando que as agressões a militares estão a cair na “banalização”.

Face a esta situação, a associação reclama “medidas extraordinárias” por parte da tutela para acabar com o problema.

Nuno Couto/JA

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