Tavira/Nova ponte: autarquia acusa Tavira Sempre de fazer publicidade negativa e afastar investidores

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A Câmara de Tavira reiterou hoje a necessidade de construir uma nova ponte sobre o Rio Gilão, sustentando que não se trata de uma “ponte-viaduto”, conforme foi recentemente sustentado pelo movimento Tavira Sempre, movimento que acusa de fazer publicidade negativa, afetar a cidade e afastar potenciais investidores

Garantindo que se preocupa com o enquadramento e ordenamento do território em causa, a autarquia critica as interpretações daquele movimento, observando que, ao contrário do que ele defende, “a solução encontrada se carateriza pela simplicidade, esbelteza e qualidade de acabamentos, a qual se enquadra, discretamente, na envolvente urbana, sem ferir a paisagem ou o património histórico aqui presente”.

“A escolha recaiu sob uma proposta intencionalmente ‘silenciosa’ e que não colide nem compete com a antiga ponte, garantindo, deste modo, a continuidade formal e de cor com os muros juntos às margens do rio”, enfatiza.

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A nota de Imprensa do município explica que, para a elaboração do projeto, foram convidadas oito equipas multidisciplinares, com a devida competência técnica e experiência em projetos na área: “A seleção foi feita por técnicos municipais, igualmente experientes e com conhecimentos, que, entre outros critérios de adjudicação, avaliaram o enquadramento estético na envolvente”.

“Após uma avaliação rigorosa, o projeto foi adjudicado à empresa A2P – Estudos e Projetos, Lda. e subscrito pela A2P, Estudos e Projetos, Lda. (estrutura e fundações), Appleton & Domingos, Arquitectos, Lda. (arquitetura), Natural Works (iluminação) e pela Faculdade de Arquitetura UL (levantamento e proposta de cor), todas elas entidades idóneas”, adianta.

Segundo o município, esta intervenção enquadra-se na requalificação das frentes ribeirinhas da cidade e integra uma série de ações que visam requalificar o espaço público, promover novas dinâmicas nas margens, melhorar as acessibilidades e a mobilidade.

“Face ao exposto, a Câmara Municipal mantém a sua opinião quanto à necessidade da existência de
uma ponte neste local, a qual encontrar-se-á em perfeita harmonia com a paisagem patrimonial e
paisagística, ao contrário do que tem vindo a ser difundido pelo movimento Tavira Sempre”.

Observa que a posição da edilidade acerca desta matéria “tem sido coerente desde o primeiro instante”, ao contrário da do movimento, que “tem sofrido oscilações, ao longo deste período. Se num primeiro momento afirmava, veemente, ser contra a construção de uma nova ponte em Tavira, vem, agora, dizer que não está.

“Qual é afinal a posição do Tavira Sempre?”, questiona o município, asseverando que “todo este burburinho em torno da nova ponte só tem vindo a prejudicar a imagem de uma cidade que tem sabido manter a sua essência e que em nada sairá prejudicada com esta nova travessia”.

O comunicado considera a preservação e o desenvolvimento sustentável de Tavira como uma prioridade do executivo e defende que “a publicidade negativa em torno desta questão afeta a cidade de que todos gostamos e afasta potenciais investidores”.

“Como se pode verificar, esta obra, juntamente com outras realizadas recentemente e o projeto de
requalificação das margens, irá beneficiar e valorizar a zona nobre da cidade. Tavira é, hoje, uma referência pela sua arquitetura e qualidade urbana, devido à adoção de medidas e ações que contribuíram e contribuirão para salvaguardar os valores patrimoniais, culturais e identitários da cidade. O executivo municipal acredita que a sua conduta, contrariamente ao propagado, reflete a consciência e a preocupação pela preservação e qualificação urbana”, conclui.

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