Teatro: LAMA e te-Atrito estreiam “Barafunda” em Faro

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A peça, recheada de crítica social, tem como base “O Doido e a Morte”, de Raúl Brandão.

O Laboratório de Artes do Media Algarve (LAMA) e o te-Atrito estreiam a produção “Barafunda”, a partir de Raul Brandão, amanhã (sexta-feira) e sábado no Teatro Municipal de Faro (Teatro das Figuras).

O encenador João de Brito explica que o texto “O Doido e a Morte”, que deu origem a esta “Barafunda”, não foi escolhido com o intuito de ser reproduzido tal como foi escrito, mas sim para ser adaptado.

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João de Brito considera que “algumas palavras são quase centenárias, mas as ‘linhas de força’ do texto são de uma actualidade desconcertante”. O encenador sublinha que o conteúdo resgatado nas palavras de Raúl Brandão questiona a importância da existência humana e retrata uma ideologia anarca e utópica em busca de um objectivo.

Outros dos temas são a emancipação da mulher, a crítica à influência do capitalismo no quotidiano, bem como a importância da arte na vida humana e a prática supérflua da religião. A obra que vai subir ao palco do Teatro das Figuras também põe em causa os valores sociais vigentes. Trata-se de questões “que se enquadram perfeitamente no padrão dos nossos dias”, frisa João de Brito.

“No papel de encenador interessava-me mais o trabalho de actor e a extensão das suas capacidades e ferramentas, tais como a imaginação, improvisação, voz, corporalidade. Incidindo nas personagens de ‘O Doido e a Morte’, fomos criando uma narrativa, quebrada pela desconstrução dos próprios actores, retratando episódios que muitas vezes acontecem nos ensaios”, acrescenta o encenador.

A peça, com encenação de João de Brito, é interpretada por André Canário, Laura Pereira e Pedro Monteiro.

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