O Governo de Pedro Passos Coelho deverá sofrer mais uma minirremodelação antes do final do ano, com a saída dos secretários de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, da Justiça, Fernando Santo, e Filipe Lobo d’Ávila, da Administração Interna.
O gabinete do primeiro-ministro, que se encontra em Bruxelas, confirmou ao Expresso a alterção da lista de secretários de Estado a anunciar em breve.
A informação foi ontem à tarde avançada pelo “Correio da Manhã” e depois pela SIC-Notícias. Ao Expresso, fontes do Governo confirmaram que Rosalino, que tem a seu cargo a pesada reforma da Administração Pública, quer mesmo deixar o Executivo nesta altura.
Recorde-se que já no verão, aquando da crise no Governo e da saída de Vítor Gaspar, se falou na possibilidade de Helder Rosalino abandonar o Governo (ele que também faz parte do chamado grupo do Banco de Portugal), mas o secretário de Estado acabaria por manter-se com Maria Luís Albuquerque. Na altura, Rosalino terá aceite ficar a prazo até concluir as reformas.
A notícia da sua saida do Governo surge precisamente no dia em que se aguarda a decisão do Tribunal Contitucional sobre a convergência das pensões entre as da Segurança Social e as da Caixa Geral de Aposentações. A decisão do TC será conhecida dentro de momentos e e esperado um chumbo do diploma que teve no secretário de Estado da Administração Pública um dos seus principais defensores.
Alem dos sucessivos bloqueios ao reformismo que defendeu no Governo, Rosalino terá decidido sair por acumulado desgaste pessoal na pasta, admitem fontes oficiais.
Em relação a Fernando Santo, o único secretário de Estado de Paula Teixeira da Cruz, informações recolhidas pelo Expresso confirmam que já há muito tempo tinha pedido para deixar o Governo.
Filipe Lobo d´Avila, segundo o Expresso apurou, deixa também o Governo a seu pedido e por motivos pessoais. O secretário de Estado da Administração Interna foi indicado pelo CDS/PP.
Ângela Silva (Rede Expresso)
