Vila R. Sto António apadrinha criação da Câmara de Comércio luso-cubana

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O empresário Carlos Martins, o edil Luís Gomes e o embaixador cubano Eduardo Lerner

A futura Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo Portugal-Cuba deu o seu primeiro passo esta semana em Vila Real de Santo António, onde foi assinado um acordo de intenções para a criação daquela estrutura que terá ambito nacional.

O documento foi assinado pelo presidente da Câmara Municipal de VRSA, pelo embaixador de Cuba acreditado em Lisboa e por dois empresários, os quais garantiram que a nova entidade entrará em funcionamento dentro dos próximos três meses.

O objectivo principal da CCIST é fomentar as relações económicas e culturais entre Portugal e Cuba, na base do interesse recíproco.

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Os trabalhos para a constituição da Câmara de Comércio Portugal-Cuba têm como principais responsáveis o empresário Carlos Martins, antigo secretário de Estado nas áreas da Saúde e do Turismo, e o empresário Américo Ferreira de Castro, advogado.

Carlos Martins explicou que a ideia de constituir uma CCIST Portugal-Cuba surgiu quando constatou que “as relações comerciais, culturais e de intercâmbio estavam – e estão – aquém das potencialidades, necessidades e vontades de ambos os países”.

O empresário afirmou ainda que “esta entidade será uma inequívoca alavanca para a promoção das relações bilaterais entre os dois países, entre os seus agentes económicos e entre as suas instituições”.

Carlos Martins disse ainda que este projecto “foi desde a primeira hora apoiado e acarinhado pelo embaixador Eduardo Lerner e pelo presidente Luis Gomes”, tendo decorrido ao longo dos últimos meses o trabalho necessário para a sua constituição.

Por isso é que “já temos um projecto de estatutos e uma logomarca, assim como foram feitos vários contactos formais em Havana e designadamente com a sua Câmara de Comércio da República de Cuba”, revelou.

O embaixador de Cuba acreditado em Lisboa, Eduardo Lerner, considerou que o acordo para a constituição de uma Câmara de Comércio Portugal-Cuba surge “num momento importante para os dois países, porque Cuba precisa de investimento e Portugal precisa de investir”.

“É uma oportunidade para os dois países ganharem” acrescentou o embaixador, frisando que Cuba tem necessidade de desenvolver as áreas energias renováveis e que Portugal tem uma excelente experiência nesse campo, assim como existem áreas de exportação muito competitivas em Cuba e carências que as empresas de Portugal podem naturalmente suprir.

Eduardo Lerner disse ainda que Cuba pode servir de plataforma para os empresários portugueses investirem também noutros países das Caraíbas, América Central e América Latina, os quais, apesar da crise internacional têm um simpático crescimento económico.

“Cuba pode ser uma porta de entrada da economia, das empresas e dos produtos portugueses, mas simultaneamente uma porta de acesso a outros e bons mercados regionais”, considerou.

Para o edil Luís Gomes, pioneiro no envio de munícipes a Cuba para receberem tratamento médico, o acordo para a constituição da Câmara de Comércio “é mais uma nova iniciativa em que a autarquia de Vila Real de Santo António participa, sendo das poucas no país que terá tido um papel activo para a criação de uma situação deste tipo com outro país”.

Luís Gomes disse que a Câmara de Comércio abre “oportunidades para a economia e para os empresários portugueses” e vai ajudá-los “a conhecerem o país com uma perspectiva justa e real”, terminando com a disponibilidade de colocar ao serviço deste projecto o canal de contactos privilegiados que a autarquia tem com (e em) Cuba.

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