CDU/CSU atingiu os 42,4% de votos, número que Angela Merkel classificou de “super resultado” e que ainda pode dar maioria absoluta.
À medida que os escrutínios vão sendo contados nas assembleias de voto alemãs, a percentagem da CDU/CSU aumenta. Os resultados projetados até agora dão à União 42,4%, ao SPD 25,5, à esquerda Die Linke 8,4%, aos Verdes 8,3%, e são os quatro únicos partidos a ultrapassarem o limite de 5% dos votos para darem entrada no Bundestag.
Os resultados não são ainda definitivos, mas as possibilidades de coligação já não são “infinitas” a partir deste momento. Como o sistema eleitoral prevê mandatos extra e como eles favorecem os partidos com percentagens mais altas, é possível que a União alcance maioria absoluta, o que significa alcançar 45.5% dos votos.
Até agora, Angela Merkel regozija-se pelo aumento da percentagem do partido que lidera, mas não ainda comentários à possibilidade de maioria. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, escusou-se a comentar, na sua aparição no canal ARD, a possibilidade da maioria absoluta, mas congratulou a performance política da presidente da CDU e atual chanceler, Angela Merkel.
Fracasso do FDP
Para trás, ficam os liberais do FDP que, pela primeira vez desde 1949, não alcançam os 5%. Comentadores do Partido dos Verdes, que reconheceram a desilusão de todas as suas ambições com as legislativas de 2013, afirmaram que a CDU “vampirizou o FDP, fazendo-o desaparecer”.
Outra surpresa foi a percentagem da Alternative für Deutschland, o partido anti-euro fundado em abril deste ano, cujo resultado – 4,9% – mostrou que entre os alemães há quem não queira contribuir mais para o resgate dos países do sul. A sua entrada para o Bundestag seria uma oportunidade para refrescar o debate sobre a Europa.
Até o momento, o mais provável cenário é de Grande Coligação da União com o SPD, com resultados mais altos da União e mais baixos do SPD relativamente à Grande Coligação que governou de 2005 a 2009.