Não gosto de usar este espaço para fins políticos, pois reconheço as divergências que existem entre as pessoas, inclusivamente do ponto de vista, a opinião pessoal fundamentada com as origens, a cultura, os aspectos pessoais, até no que come ou bebe (a alimentação).
Vivemos num Mundo global, multicultural. Por vezes criticamo-nos e olhamos para os animais, como eles se dão e formam o ecossistema.
No entanto, o ser humano é dominante neste planeta, e sabemos dos problemas que temos passado e que ainda estão para vir.
Viver num Mundo global, na teia das diferentes culturas não é fácil. Achamos que podemos ter mais, e somos o dono da razão, que o que é nosso é que importa. Acabamos por não respeitar as fronteiras, e aceitá-las como são, desrespeitamos a vizinhança porque achamos que algo que lhe favoreça podia ser nosso também… A ambição, o pretensiosismo, a ganância, o egoísmo, são factores que nos distinguem e que ao mesmo tempo nos afectam negativamente.
Tenho um imenso orgulho pela cultura de Portugal, e provavelmente, foi a primeira nação civilizada e devidamente documentada, nem por isso o primeiro povo a promover a globalização, porque já outros povos o tinham feito. Mas também a globalização tem pontos negativos, como aqueles que descrevo atrás. A História documenta os locais, as suas origens, os seus costumes, a sua cultura. Deserdar uma terra de um povo é cruel, e dizer que não lhe pertence, ou não tem direito a ela.
O Mundo é muito mais do que as fronteiras, e não temos de viver numa região, contidos. Mas temos de respeitar e viver numa comunhão, numa onda de paz, e sobriedade. A noção de que o que é nosso também pode ser partilhado. O Mundo é um local esférico, em que os extremos se tocam, e tem um formato irregular, porque o que nos parece perfeito, tem os seus defeitos. E também cada um de nós, tem os seus próprios defeitos, por isso, existem pessoas boas e más. Contudo, conhecemos as referências e que ultrapassando determinados limites, estamos a ser cruéis, com os outros, e com nós próprios também.
Saibamos viver em comunhão, é a palavra-chave, e acho que é esse o caminho certo da nossa sociedade. Enquanto não aceitarmos os outros como são, continuaremos a viver em guerras, em discussões, inconformados, desestabilizados, e até desajeitados.
Saibamos amar os outros como são, e saibamos à partida que ninguém é igual a ninguém, todos somos diferentes, mas podemos aceitar e respeitar, sem ofender e sem matar.
Viva a PAZ, é tudo o que mais desejo!!!
P.S. Deixo este texto para reflexão…
Não poderei estar mais de acordo com o articulista, quando escreve, cito, “Saibamos viver em comunhão, é a palavra-chave, e acho que é esse o caminho certo da nossa sociedade.”
Só que, no âmbito da guerra que ocorre no Médio Oriente, um dos contendores afirma e sustenta que não admite a existência da outra parte e a quer destruir.
Aquele protagonista não poderá, jamais, servir como interlocutor, porque se opõe, inapelavelmente, à solução justa, que seria a existência de dois Estados, que poderiam viver, lado a lado, em paz, com os seus respectivos credos.
Israel tem, pois, todo o direito legítimo de se defender, com a agravante de que a luta que trava é pela sua existência, como Estado, como Povo, além de que está rodeado por Estados hostis.
Cobardemente, o seu inimigo, em vez de lutar em campo aberto, optou e opta por se esconder em túneis e por usar o seu próprio povo – povo que tem mantido aperreado sob uma ditadura religiosa feroz – como escudo, utilizando, para o efeito, fazer a construção daqueles túneis sob hospitais, escolas e zonas residenciais.
Não, jamais se deverá colocar no mesmo pé de igualdade agressor e agredido !
Tendenciosamente, a comunicação social, enquanto, por um lado, alega não poder mostrar as imagens da carnificina perpetrada pelo agressor – como crianças degoladas, mutiladas e enjauladas, literalmente, enjauladas atrás de grades –, com o pretexto de que se trata de cenas que chocariam as pessoas, por outro lado, enche, a todo o momento, os noticiários com as acções levadas a cabo por Israel, no seu inalienável direito de defesa.
Depois, para cúmulo e sem qualquer filtro, faz-se eco dos números falsos e distorcidos, fornecidos pelo agressor, com o propósito inconfessável de apelar à emotividade da opinião pública.
Lamentavelmente – porque todas as guerras são lamentáveis – ocorrem sempre vítimas inocentes colaterais, no caso, agravadas pela cobardia de quem se esconde atrás do próprio povo e faz dele o seu escudo.
Acresce que Israel não está em terra estranha, mas paragens que habitou, desde os tempos do Antigo Testamento.