Algarve comemora em grande os 50 anos do 25 de Abril -consulte aqui a programação-

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O ano de 2024 é marcado pelos 50 anos da Revolução dos Cravos que serão comemorados em toda a região. Os eventos culturais vão recordar e reviver o dia histórico do 25 de abril de 1974 que será celebrado nos municípios algarvios onde irão hastear as bandeiras e realizar sessões solenes. Consulte aqui toda a programação.

Para assinalar esta data, os concelhos algarvios prepararam uma programação muito diversificada, destacando-se exposições, concertos, peças de teatro, exibição de filmes, tertúlias e recitais de poesia

Albufeira

É no Auditório Municipal que, entre temas nacionais e internacionais, a Orquestra de Jazz do Algarve começa as celebrações do município com o concerto “Liberdades”, no dia 20 de abril, às 19h00.

Dia 23 de abril abrem-se as portas da sala polivalente da Biblioteca Municipal Lídia Jorge para um Recital de Poesia: “Palavras de abril”, pelas 21h00.

Teresa Salgueiro
Teresa Salgueiro

Ao luar do dia 24 deste mês, o público é convidado a fazer a “Caminhada 25 de abril”, pelas 20h00, a partir dos Paços do Concelho, seguindo-se, às 21h30, a atuação de Teresa Salgueiro num concerto comemorativo dos 50 anos de Abril, no mesmo espaço, onde também será exibido um videomapping. Termina em grande com o espetáculo de Fogo de Artifício que tornará o céu ainda mais brilhante.

O programa é ainda maior no dia seguinte, marcado pelo hastear da bandeira ao som do Hino Nacional e inauguração da escultura “Sopro de Abril” da autoria de Santos Carvalho, nos Paços do Concelho, a partir das 09h00. No decorrer da tarde, no Salão Nobre deste edifício acontece a sessão solene e pelas 16h00 o lançamento do livro “Um sopro de Liberdade. Albufeira e o 25 de abril – 1974-2024”.

Alcoutim

As comemorações no concelho de Alcoutim iniciam no dia 20 de abril, pelas 22h00, no Espaço Guadiana com o espetáculo teatral e musical “Até amanhã liberdade” da Companhia Rituais dell Arte.

Dois dias depois é inaugurada a exposição “Alcoutim e o 25 de Abril de 1974” que vai estar patente até ao dia 31 de maio, de segunda a sexta-feira (09h00 às 17h00), na Casa dos Condes – Biblioteca Municipal Carlos Brito.

A 24 de abril, no palco do Espaço Guadiana, o público poderá assistir ao concerto do grupo local “Música no teu tempo” que irá interpretar canções de intervenção de Zeca Afonso e outras músicas.

No dia da Revolução dos Cravos, decorrerá o hastear das bandeiras na Praça da República seguido de uma sessão solene no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a partir das 10h00. Ao mesmo tempo dinamiza-se a Feira de São Marcos que abre portas logo pelas 09h00 e que terá animação musical durante a tarde.

Na noite do dia seguinte, às 22h00, acontece o espetáculo do projeto “Pela Santa Liberdade Festejar Abril” com Afonso Dias, Tânia Silva e Dinis Dias.

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Aljezur

No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, o município de Aljezur deu início a um conjunto de atividades culturais e de lazer. A cooperativa Lavrar o Mar organiza um espetáculo de teatro, dança e música, que contará com a participação da população aljezurense e que decorre em três fases ao longo de 24 horas: o jantar revolucionário, no Grupo Desportivo Odeceixense, na noite de 24 de abril, a performance “Palavras e Pensamentos Revolucionários”, na manhã do dia 25 de abril, no Castelo de Aljezur e ainda “A festa revolucionária”, na tarde do dia 25, no Largo Primeiro de Maio, com a apresentação de uma “Assembleia Popular Revolucionária” e ainda a exibição de “Danças e Músicas Revolucionárias”. Eurico Silva vai animar a festa com um concerto especialmente dedicado às canções de Zeca Afonso.

No dia 25 de abril a cerimónia protocolar vai decorrer junto aos Paços do Concelho.

O destaque vai ainda para a conferência “O 25 de Abril e a Liberdade”, organizada no dia 27 de abril, pela Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur.

Castro Marim

O município começou a celebrar esta data marcante, desde o dia 27 de março, com duas exposições. O dia 24 de abril é marcado pelo Encontro Regional do Algarve sobre Rodas (Encontro Desportivo Escolar) e a peça de teatro “Natália” onde se juntam em palco as atrizes Maria Emília Castanheira e Maria Helena Torres, às 21h30.

O grande dia é mesmo o 25, que terá desde a manhã até ao anoitecer um leque de atividades diversificado.

castro marim 25 de abril

Pelas 09h00, será hasteada a bandeira, nos Paços do Concelho, onde também atuarão os alunos das AEC’S de Arte, Ambiente e Música com a canção “Uma Gaivota Voava. Voava”, enquanto é realizada uma largada de pombos. No mesmo local o Agrupamento de Escolas deste concelho exibirá a instalação artística “Cravos d’Abril”.

Logo de seguida, pelas 09h30 a Banda Musical Castromarinense inicia a sua arruada que vai passar, durante o dia, por várias aldeias e vilas. À mesma hora, na Praça 1.º de maio arranca o Passeio de BTT e pelas 10h00, em Altura começa o passeio de Cicloturismo.

Por último, às 18h30 não faltará música, pois Ana Laíns e António Saoite cantam “Canções da Revolução” num concerto que vai acontecer no auditório da Biblioteca Municipal, com entrada livre.

Faro

No dia 24 comemora-se o 50.º aniversário do 25 de abril na cidade de Faro, com a Marcha da Liberdade que começa na Avenida 5 de outubro, pelas 11h00.

No final do dia, às 18h30 a Associação Recreativa e Cultural dos Músicos vai “cantar abril” no concerto “Na mesma rua”. Mas um dos pontos altos será pelas 22h00, na Doca de Faro, com o concerto do farense Diogo Piçarra.

Marisa Liz, Diogo Piçarra e Pedro Abrunhosa vão atuar nos prémios IPMA dos EUA
Diogo Piçarra, D.R. Facebook

No dia seguinte, durante a manhã, espetáculos não faltarão, ao subirem ao palco do Jardim Manuel Bívar, as peças “A que cheira a liberdade” do Teatro Vate – ACTA, “Ouvi dizer” do Teatro de Vizinhes – JAT e “Nacional 2” do Lama Teatro e o concerto de João Violão juntamente com a Banda Pepporini.

Pela tarde, antes do hastear das bandeiras na Praça da Liberdade (Pontinha) e da sessão solene no Teatro Lethes, a Banda Filarmónica de Faro acompanhará o Desfile da Liberdade na Praça da Liberdade (Pontinha), pelas 14h00, onde também atuará o Grupo Coral Ossónoba, logo de seguida.

As comemorações têm fim às 18h00 com o concerto “Ópera Abril” da Orquestra do Algarve, no Teatro Municipal de Faro.

Lagoa

No município de Lagoa desde o início de março que se comemoram os 50 anos do 25 de abril, com várias mostras e exposições. A mostra “Livros Censurados no Estado Novo” (Biblioteca Municipal) e as exposições “O Legado de um Cravo” (Auditório Carlos do Carmo) e “Abril Traz Novas Cores” (Escola de Artes Mestre Fernando Rodrigues) estarão patentes até ao dia 30 de abril. “O que é Para Ti a Liberdade?” pode ser visitada até 7 de junho na Biblioteca Municipal. Igualmente neste espaço será inaugurada no dia 24 de abril a exposição “Como um Pássaro que Saiu da Gaiola”.

No dia da Revolução dos Cravos será apresentado o concerto “25 de abril, Como Eu o Vivi” com a participação de José Jorge Letria, Tobias Monteiro, António Palma, Diogo Oliveira e Daniel Rondulha, no Auditório Carlos do Carmo, pelas 17h00.

No dia 27 de abril é a vez da Banda de Música da Força Aérea Portuguesa atuar, às 21h00, no Auditório Carlos do Carmo.

Lagos

O programa das comemorações dos 50 anos do 25 de abril do município de Lagos teve o seu arranque no início de abril, em vários pontos do concelho, com o espetáculo “Democracia Portátil”, a exposição “Muito Podem Contar as Nossas Cadeiras” e a sessão “Palavras de Abril: Palavras à Solta”.

No dia 20 de abril, recuperam-se as memórias vividas pela comunidade lagoense, através do evento “Projeto Vaga – Feitos de Silêncio” que vai acontecer às 14h30 no Centro Cultural de Lagos.

Às 16h00, a Biblioteca Municipal recebe Paulo Pena, Isabela Figueiredo e António Durães para uma mesa redonda que terá como tema “Liberdade Censurada: A Autocensura e a Mentira no Abril de Hoje”.

O espetáculo “Memórias de uma Falsificadora” sobe ao palco da escola secundária Júlio Dantas em dose dupla no dia 22 e 23 de abril, mas é às 21h30 deste último dia, que o público pode assistir a esta peça na Biblioteca Municipal.

O espetáculo intitulado “Ai Maria!” celebra o aniversário desta data com música e teatro, no Centro Cultural de Lagos, às 21h30, do dia 24 de abril.

No dia seguinte a programação expandir-se-á ainda mais com a exposição de rua “50 Anos de Liberdade”, na Praça do Infante, durante todo o dia, o almoço comemorativo às 13h00, na Adega da Marina, os Jogos Tradicionais para Famílias no Jardim da Constituição, às 15h00. À mesma hora a performance coletiva “O Povo é Quem Mais Ordena” do TEL, o Quinteto da Orquestra Ligeira de Lagos e Grupo Coral e Etnográfico da casa do Povo de Serpa com o Cante Alentejano vão animar a população, na Praça Gil Eanes.

No mesmo dia e até ao dia 28 de abril será exibido o documentário “Elogio ao 1/2” de Pedro Sena Nunes, pelas 18h00, no Cinema de Lagos.

Loulé

As comemorações do aniversário da revolução dos cravos já arrancou no início de abril no município de Loulé.
Hoje, dia 18 de abril, a associação cultural Questão Repetida vai entrar em cena com o “Vencer o Dia”, às 10h30 para as escolas e para o público geral às 21h00, no Cineteatro Louletano.

O mesmo espaço acolhe no dia 21 o seminário “Mudamos Juntos? Encontro com Artistas” criado por Marco Paiva, da Companhia Terra Amarela.

Na véspera do dia 25 de abril, a partir das 21h00 as comemorações dos 50 anos da revolução dos cravos vão decorrer, no Cineteatro Louletano, com a iniciativa “A Noite Decisiva”, onde participarão as três pessoas que fizeram gravações às emissões do Rádio Clube Português.

O programa seguirá com “Dia Distante Aqui Tão Perto” e “Vidas Surpreendidas, Lá Fora”, dando voz aos militares que estavam em comissão de serviço nas antigas colónias. Logo de seguida haverá uma conferência de Carlos Reis (professor catedrático) subordinada ao tema: “O Romance como Memória”.

Antes de encerrar, as companhias de artes do concelho, Ao Luar Teatro e Mákina de Cena serão responsáveis pela primeira teatralização do romance “Os Memoráveis” de Lídia Jorge.

O grande destaque vai para o concerto “Sérgio & Os Assessores – Liberdade25” de Sérgio Godinho no dia 25 de abril, no Largo Duarte Pacheco.

A 28 de Abril, o espetáculo “Requiem_A Única Censura que Deveria Existir é Censurar a Censura”, pela Dança em Diálogos sobe ao palco do cineteatro desta cidade.

Monchique

Em Monchique, a celebração do 50.º aniversário vai desde 20 de abril até maio, com um programa completo de atividades culturais. No primeiro dia das comemorações é inaugurada a exposição “Alves Redol Horizonte Revelado” patente até 24 de maio, na Galeria de Santo António, onde também acontece a Tertúlia “25 de abril – 50 anos”. No dia 24 de abril, no Largo dos Chorões, estão programados dois concertos; um às 21h30 pelos Índios da Meia Praia (tributo a Zeca Afonso e aos Amigos da Luta) e outro às 23h00 com CR&F, terminando à meia noite com um espetáculo de Fogo de Artifício.

Na manhã do dia seguinte realizar-se-á uma largada de pombos e uma marcha corrida que irá iniciar nas piscinas municipais, às 09h00. A sala multiusos da junta de freguesia desta cidade abre portas para a exposição temática “Freguesia de Monchique – 50 anos de Democracia” que estará patente até ao dia 1 de maio.

Animações, jogos desportivos, tradicionais e dança serão algumas das atividades que vão acontecer até às 16h00, destacando-se a homenagem aos antigos combatentes do ultramar da freguesia de Marmelete e o concerto o Toj Gatune, à tarde.

No dia 27 e 28 de abril sobem ao palco do Largo de Chorões o espetáculo “No Limite da Dor” e “50 anos de Abril”, respetivamente.

Por fim no dia 4 de maio é apresentado o projeto literário “Depois do Adeus”.

Olhão

O município de Olhão celebra os 50 anos do 25 de abril, entre os dias 19 e 30 de abril, no Auditório Municipal Maria Barroso. Dia 19, abre a exposição “Em Pequeno se Torce o Pepino – Viver na Ditadura” às 17h00 e é apresentado o espetáculo “25 de abril Como Eu o Vivi” com José Jorge Letria, às 18h30.

No mesmo espaço cultural atuam Ana Bacalhau, Katia Guerreiro, Rita Redshoes e Viviane, no dia 21 de abril, às 18h30 com o concerto “A Mulher é uma Arma”.

No sábado, dia 20, às 16h30 o município apresenta o livro “A Poesia de Luto” de Cátia Guerreiro, às 17h30 a peça “Cravos Vermelhos” e “Cantar de Abril” com Domingos Caetano.

No dia 23 o programa “25 de Abril em Curtas” é exibido às 21h30 e um dia depois sobe ao palco a peça “A Liberdade é uma Maluca”.

O dia 25 de abril fica marcado por uma cerimónia oficial que contará com vários convidados.

Entre os dias 26 e 30 de abril, música, tertúlias e poesia estarão em destaque, sendo o espetáculo “Fado Jazz – Filhos da Revolução”, apresentado por Júlio Resende, às 18h30, um dos principais momentos.

Portimão

Meio século da revolução é celebrado neste município com o mote “Portimão, Terra Democrática”, a partir de hoje, dia 18 de abril com a inauguração da mostra “Memórias de Abril”, às 18h00, na Casa Manuel Teixeira Gomes.

Às 19h00, do dia seguinte será inaugurada no Museu de Portimão a exposição “the portuguese prison photo projet” patente até dia 1 de setembro e realizada a conferência “Prisões e regimes de detenção em Portugal: antes e depois de 1974” entre o dia 19 e 20 de abril.

No dia 24, destaque para a escultura “Flores de Abril” de Santos Carvalho que será inaugurada às 15h00. A noite deste dia será preenchida pelo concerto de José Cid no Portimão Arena, às 20h00.

O dia 25 de abril fica marcado não apenas pela celebração oficial, como também pela inauguração das peças produzidas por ocasião do 8.º Simpósio Internacional de Escultura, sob o tema “Liberdade”, que contou com a participação de artistas internacionais.

A programação oficial encerra nos dias 26 e 27, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, com o espetáculo de dança “Memórias Vividas”, a cargo da Associação Cultural Dancenema, com duas sessões para as escolas no dia 26 e uma para o público em geral no dia 27, às 18h00.

São Brás de Alportel

Desde o dia 13 de abril que se comemora o 50.º aniversário do 25 de abril no concelho de São Brás de Alportel.

Teatro, poesia e literatura marcaram os primeiros dias e em 22 de abril, o destaque vai para a instalação artística de cravos que se realizará no Jardim Carrera Viegas.

Dois dias depois ocorre o Recital de Poesia “Poesia de Abril” na Biblioteca Municipal, pelas 21h30, mas é no dia 25 que mais atividades acontecem. Após a cerimónia oficial, desfilarão as associações do concelho, seguido de uma representação do 25 de abril, no Largo de São Sebastião e na Galeria Municipal o público pode visitar a exposição comemorativa.

O destaque vai para a noite do dia 25 com o concerto de Buba Espinho, no palco do São Brás Cineteatro Jaime Pinto.

Silves

O concelho de Silves comemora os 50 anos desta data histórica, a partir de dia 19 com o concerto “Amar () o Abril” de Amaro, no Centro Pastoral de Pêra.

A exposição “Cartazes do 25 de abril” é inaugurada, no dia 24, pelas 15h00, no átrio da câmara municipal. No mesmo dia, às 21h00 o Grupo Mar de Fora apresenta o concerto “Mar de Abril”, na Zona Ribeirinha da cidade, onde Ana Bacalhau atuará às 22h30.

Ana Bacalhau

A arruada pela Banda da Sociedade Filarmónica Silvense passa pelas ruas da cidade, no dia 25 de abril, a partir das 12h00, após a sessão solene marcada por um momento musical dos alunos do Jardim Escola João de Deus.

Às 15h00, são várias as atividades e jogos para a família na Zona Ribeirinha, onde se dinamizará, pelas 21h00, o concerto “Génese” do grupo Boémia.

As comemorações continuam no dia 26 de abril com a exposição de fotografia “Um Olhar sobre a Memória” de Mário Varela Gomes na Biblioteca Municipal, às 18h00 e em 28 de abril com a Marcha Corrida com Batida Fotográfica “Abril em Flor” para todo o público, às 09h30.

Tavira

As celebrações da data do 25 de abril já começaram no início de abril, com diversas mostras e exposições, como a mostra documental “Livros de Censura” que está patente até dia 30 deste mês.

O município recebe a exposição de fotografia de Alfredo Cunha “25 de abril de 1974, Quinta Feira” no Quartel da Atalaia, no dia 25 de abril, podendo ser visitada até dia 30 de dezembro deste ano. No dia 23 e 24 será exibido o filme com o mesmo título na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.

No dia principal, 25, AGIR “Canta abril” no Mercado da Ribeira, às 21h30, sendo o grande destaque e no dia seguinte é a vez de subir ao palco o grupo “Boémia” também à mesma hora.

Vila do Bispo

As comemorações realizam-se no dia 25 de abril no município de Vila do Bispo.

Para além da sessão solene da Assembleia Municipal com direito a intervenções das várias forças políticas, às 15h00, o destaque vai para a apresentação do documentário “50 anos sobre o 25 de Abril” às 16h00 e para um concerto com música de intervenção da banda “Smiles4Coffee”, pelas 17h00.

Vila Real de Santo António

O município de Vila Real de Santo António (VRSA) assinalará o 50.º aniversário do 25 de Abril com um programa que se estende a todas as freguesias.

As celebrações têm início no dia 24 de abril, com um concerto do fadista Ricardo Ribeiro, às 22h00, na Praça Marquês de Pombal

Ricardo Ribeiro

No dia 25, os festejos iniciam-se com o Hastear da Bandeira e uma arruada musical – com a Banda Filarmónica da Associação Cultural de VRSA – nas três freguesias do concelho. Também durante a manhã haverá espaço para as “corridas da liberdade” e a pintura de murais de Abril.

Às 11h00, terá lugar, no Centro Cultural António Aleixo, a Sessão Solene da Assembleia Municipal de Vila Real de Santo António comemorativa do Dia da Liberdade.

As atividades do dia 25 encerram com um espetáculo de baile animado por Nelson Santos, às 22h00, na Avenida Marginal, em Monte Gordo.

A programação inclui ainda o concerto infantojuvenil «Mais Alto», dirigido aos alunos do 1.º ciclo, na Praça Marquês de Pombal, no dia 22 de abril, às 10h00, uma tertúlia sobre a arte, a palavra e a liberdade de expressão, no dia 23 de abril, e a apresentação do livro «Margens Livres. 50 anos de liberdade. Antologia de poetas vilarrealenses», na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, no dia 3 de maio.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Numa altura que deveria ser de júbilo, de regozijo e de exaltação, isto é, a comemoração do glorioso Cinquentenário do 25 de Abril, acabaria por cair sobre ele a nódoa e da parte de quem menos se esperaria, a saber, do “comentador” Marcelo Rebelo de Sousa, embora com o traje – que não deveria jamais despir – das vestes de Presidente da República de Portugal.

    Num lamentável acto de autoflagelação nacional e mandando às urtigas a “gravitas” a que obriga a função de que está investido, Marcelo não resistiu à sua incontida pulsão para falar mais do que deve – como já nos vem habituando, só que, desta vez, com muito mais gravidade –, além do recato a que o deve obrigar a incumbência de primeiro magistrado da nação, para vir afirmar, numa conversa com correspondentes estrangeiros, que, cito, “Portugal deve assumir total responsabilidades e pagar custos pela escravatura e pelos crimes e massacres cometidos, durante a guerra colonial “ (sic).

    A única questão que me coloquei, quanto tomei conhecimento da barbaridade destas afirmações, que, além do mais, podem, eventualmente, vir perturbar as relações entre o nosso país e os países africanos de expressão portuguesa, além do Brasil, a primeira dúvida que tive foi – sem ofensa e para utilizar uma metáfora corrente – se o senhor presidente se terá esquecido de tomar a medicação …

    O senhor presidente esqueceu um pormenor importante.
    É que os “crimes” de que fala foram cometidos em pleno cenário de guerra, pelo é difícil serem descontextualizados.
    E que dizer dos massacres que marcaram o início da guerra em Angola, há 55 anos, em que a UPA – União das Populações de Angola massacrou centenas de colonos brancos e também negros, com corpos esventrados e decapitados à catanada e violações de mulheres, nas fazendas de café de Dembos, Negage e Úcua, no norte de Angola ?

    Alguém nos pediu desculpa por isso, senhor presidente ?
    Era a guerra, com todo o seu cortejo de horrores e crimes, de um lado e do outro !

    Quanto à escravatura, senhor presidente, os Portugueses foram meninos de coro, face aos grandes negreiros, que foram Árabes e não Portugueses.
    Acresce que muitos sobas africanos também venderam vários dos seus próprios súbditos para escravos.
    A história regista-o, senhor presidente.
    É apenas questão de procurar os respectivos registos.
    Só que há verdades que alguns comentadeiros apaniguados de serviço “se esquecem” de comentar, porque são incómodas.

    Em resumo, senhor presidente, a única apreciação que se poderá fazer às suas infelizes declarações é isso mesmo: foram muito infelizes.

  2. Completam-se, este ano, 50 anos, desde a manhã radiosa do dia que devolveu a Liberdade ao povo português.
    Tive a sorte de ter estado no lugar certo e no momento certo, para poder acompanhar e sentir a alegria de testemunhar os momentos decisivos, que, embora periclitantes e incertos, de início, cedo se definiram, com o apoio massivo do povo nas ruas, para uma vitória clara sobre a ditadura que nos oprimia.

    Esse teria sido para mim mais um dia de trabalho, igual a tantos outros.
    Porém, ao desembarcar, na estação fluvial, junto ao Terreiro do Paço, estranhei a ausência do trânsito intenso habitual, àquela hora da manhã, na Avenida Infante D. Henrique.
    Já no Terreiro do Paço, compreendi que algo de grave se passava, devido às inúmeras viaturas militares pesadas e de grande poder de fogo que ocupavam a praça.
    Apercebi-me de um jovem capitão, de botas de cano alto, mais ou menos da minha idade – que, mais tarde, vim a saber ser o capitão Salgueiro Maia -, que deambulava, de um lado para o outro, dando ordens, e mostrava ser o comandante da coluna militar.
    Ao largo, no Tejo, reparei igualmente numa fragata que passava, repetidamente, de um lado para o outro, sempre em frente da Praça do Comércio, a qual – sei hoje – estava do lado das forças do regime e cujo comandante – hoje, sabemos igualmente que era o pai de Francisco Louçã – deu ordem de fogo contra a coluna de Salgueiro Maia, o que não ocorreu, porque o marinheiro artilheiro se negou a obedecer, facto que, a ter sucedido, poderia ter alterado, radicalmente, todo o curso dos acontecimentos.

    Cedo soube que era um golpe militar que estava em curso contra o regime.
    A partir daí, foi um calcorrear toda a Baixa, em busca de mais novidades.
    Da Baixa, desloquei-me à Rua António Maria Cardoso, a Rua da Pide, tendo tido a sorte de já lá não estar, quando os pides abriram fogo sobre o povo, provocando algumas vítimas mortais entre os civis.
    Depois, bem, depois, todos os caminhos foram dar ao Largo do Carmo, onde se situava o Quartel General da GNR, transformado em núcleo da decisão do golpe militar e local em que se tinha refugiado Marcelo Caetano, o Presidente do Conselho de Ministros, designação do PM, ao tempo, e para lá me dirigi.

    No Largo, não cabia uma agulha, como sói dizer-se.
    A determinada altura, correu o boato de que o Largo poderia ser atacado por um helicanhão, notícia, cuja veracidade sabemos hoje ter sido real, só que contou com a oposição de Marcelo Caetano, como mais tarde se veio a saber, que quis evitar um massacre e respectivo banho de sangue.
    Honra lhe seja feita por essa atitude !
    Porém, nem um de nós arredou pé.
    Para nós, povo anónimo, a Revolução estava ganha … mesmo antes de estar.

    Com a finalidade de pressionar Marcelo Caetano a render-se, Salgueiro Maia colocou Chaimites frente ao Quartel da GNR, exortando-o, por mais do que uma vez, a entregar o Poder, após cujo largo silêncio apontou uma metralhadora ao edifício e disparou uma rajada de aviso, cujas marcas de balas, nas paredes do Quartel, lá permaneceram, durante vários anos, como verifiquei, sempre que por lá passava.
    Depois desta prova de força, Marcelo, que se opunha a que o Poder caísse na rua, informou o comandante da força, Salgueiro Maia, que o entregaria ao General Spínola, o que veio a acontecer, ao fim de algum tempo, quando este militar se deslocou ao quartel.
    Após a rendição, Marcelo seria levado, dentro de um Chaimite, para o Aeroporto da Portela, de onde partiu para o Brasil.

    No final do dia, regressaria ao regaço da família, extenuado, mas extremamente feliz !

    P.S. – Após este dia icónico para os verdadeiros amantes da Liberdade, algumas forças totalitárias – que, hipocritamente, hoje se reclamam de amantes da Liberdade e da Democracia, embora nos regimes de Partido Único, onde são Poder, como Coreia do Norte ou China aquelas duas sejam uma miragem e pisadas aos pés – haveriam de conduzir o chamado PREC–Processo Revolucionário Em Curso, no âmbito do qual se preparavam para trocar o regime totalitário derrubado por outro, igualmente opressor, mas de sinal contrário.
    Felizmente para os verdadeiros democratas, o 25 de Novembro de 1975 viria repor a pureza do 25 de Abril.

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