Agosto traz a pintura de Landmann ao museu e novos artistas às galerias de Albufeira

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O mês de agosto vai ser marcado pelas várias exposições patentes nas galerias do concelho de Albufeira, divulgou a autarquia.

A decorrer na Galeria de Arte Pintor Samora Barros, de 4 a 29 de agosto, será possível conhecer “A Arte de Maramgoní”. De nacionalidade brasileira, Maramgoni conta com mais de 100 exposições coletivas em diferentes partes do mundo, como o Salão Nacional de Belas Artes de França, Bienal de Gaia, ONU – Organização das Nações Unidas, Banco do Brasil, entre outras.

De 11 de agosto a 9 de setembro, a Galeria Municipal João Bailote acolhe a exposição de pintura “Cabeça nas Nuvens”, de Guilherme Limão. O artista trabalha e vive atualmente no Algarve. Em 2018, o concurso artístico de Albufeira “Cores e Formas dos nossos Artistas” catapultou-o para o mundo das artes plásticas, percebendo assim que o passatempo da pintura ia para além de um simples hobby. Na tela socorre-se de tecido, papel ou madeira, utilizando tintas acrílicas para criar composições que vão desde o figurativo ao abstrato. Participou em várias exposições nacionais e os seus trabalhos estão presentes em coleções privadas em países como Países Baixos, Irlanda, Suíça e Reino Unido.

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“Cabeça nas Nuvens”

O terceiro destaque deste mês é a exposição “Portugal” de George Landmann. A mostra, de 30 obras, terá a sua abertura no Dia do Município, 20 de agosto, no Museu Municipal de Arqueologia do concelho, e vai prolongar-se até 30 de janeiro de 2024. Na coleção de George Thomas Landmann (1780-1854), um jovem Tenente-coronel do “Corps of Royal-Engineers”, incluem-se duas pinturas de Albufeira trabalhadas a tinta d’água. Estas pinturas foram publicadas em 1853, na cidade de Londres, por J. Hill, na empresa tipográfica T. Cadell & W. Davies, sendo uma delas alusiva à costa e outra, à zona campestre de Albufeira. As reproduções, que podem ser vistas no Museu, foram criadas a partir dos originais, e são a imagem de Portugal do início do século XIX vista por um estrangeiro “viajado e curioso”.

Recorde-se ainda que, até dia 5 de agosto, decorre na Galeria Municipal João Bailote a exposição de cerâmica “Variações sobre um Sonho”, de Nelson Martins; e até dia 22 de setembro, a mostra fotográfica de João Fazenda “Albufeira, uma Viagem ao Passado”, na Sala de extensão Cultural do Arquivo Histórico.

As galerias encontram-se abertas de segunda a sábado, das 09h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. O arquivo histórico está aberto de segunda a sexta, das 09h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00. Já o Museu tem portas abertas de terça a domingo, das 09h30 às 17h30, encerrando à segunda-feira.

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1 COMENTÁRIO

  1. Como os tempos passam e tudo muda …
    A ida à praia, nos finais dos anos 40, princípios dos 50, era um verdadeiro ritual.
    Manhã cedo – porque a viagem de Messines até Armação de Pêra demorava umas boas duas horas, quando não próximo das três –, cada um com o seu farnel, tomava lugar no carro de bestas, puxado por uma mula, onde nos sentávamos em dois bancos corridos, colocados um frente ao outro, e lá partíamos nós, pela Ladeira da Senhora da Saúde, Ladeira da Bernarda, Algôs, onde virávamos para Pêra para, finalmente, chegar ao nosso destino, mais ou menos, por volta das nove horas.
    A viagem decorria num permanente folguedo, pelo que nem dávamos pela demora no percurso.
    Eu teria 8 ou 10 anitos, mas gostava de acamaradar com os mais velhos.

    Armação de Pêra era, por esses tempos, uma simpática terrinha de casas térreas, a maior parte delas habitações de pescadores.

    Os cheiros são, porventura, das experiências mais impressivas, pelos traços indeléveis que deixam na nossa memória.
    Mal púnhamos os pés na praia, praticamente deserta, com excepção dos pescadores sentados na areia, a amanhar as redes, éramos envolvidos por uma onda de perfume cheirando a maresia.
    Depois, era procurar uma sombra mais acolhedora para colocar a tralha.
    Ninguém tinha fato de banho, no sentido em que hoje o entendemos.
    Para eles, era arregaçar as pernas das calças até às coxas e estavam prontos para ir ao banho … alguns de chapéu na cabeça …
    Elas, mau grado o recato do tempo, tinham de levantar as saias e mostrar as belas coxas, o que para a rapaziada eram momentos únicos de arregalar o olho …

    Por volta do meio-dia era a hora da bucha, em que todos trocavam o farnel entre si, por norma, bem regado …
    Depois, bem, depois, era cada um a procurar uma sombra fresca e bater uma soneca.
    A tarde não terminava sem mais um banho, à antiga, pois então.

    Por volta das cinco horas, era o tempo de regresso, em que era repetida a dose de boa disposição da manhã, com a chegada ao povo, cerca das oito e já com saudades do dia bem passado.

    Era assim uma ida à praia, quando eu era criança.
    Que saudades do nosso Algarve desse tempo, pela sua genuinidade e por não estar ainda descaracterizado, totalmente descaracterizado, como hoje, lamentavelmente, o vemos !

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