A AHETA considerou hoje que as medidas aprovadas pelo Governo para apoiar as empresas são “insuficientes e desajustadas” e que os atrasos na sua implementação constituem “um bloqueio para as empresas”.
Apesar de considerar que as medidas anunciadas pelo governo para apoiar as empresas vão na direção correta, a Associação dos Hotéis e Empreedimentos Turísticos do Algarve (AHETA) sustenta que elas são insuficientes e desajustadas, “face à dimensão da tragédia e ao impacto desta na economia do turismo e nas empresas hoteleiras e turísticas”.
“Os estabelecimentos hoteleiros e turísticos já encerraram e/ou preparam-se para encerrar portas sine die, face à quebra abrupta das procuras turísticas e à paragem total do negócio à escala mundial”, lembra a associação.
Considera que a redução de custos é, neste contexto, “uma obrigação incontornável para as empresas, assim como a extinção, mesmo que temporária, dos postos de trabalho”.
Neste sentido, advoga que o chamado lay-off simplificado deve ser entendido apenas como uma solução de curto prazo, “não servindo as necessidades da crise profunda que se antecipa longa e duradoura”.
Propõe que o Estado deve assumir os 66% respeitantes aos custos dos trabalhadores das empresas e dos estabelecimentos encerrados total ou parcialmente, “libertando as empresas de um custo fixo elevado, comprometendo-se estas a manter os postos de trabalho, aquando da reabertura dos empreendimentos e a retoma da atividade”.
“A situação só ainda não é mais grave, neste momento, porque as empresas anteciparam férias e recuperações. Porém, à medida que estas vão terminando, os postos de trabalho serão extintos e os despedimentos coletivos uma fatalidade que é necessário evitar a todo o custo”, afiança a AHETA.
“Por outro lado, e no que às linhas de crédito diz respeito, é preciso termos bem presente que os empréstimos não são subsídios, mas antes dívidas que terão de ser pagas num futuro próximo”.