Alcoutim: Casa cheia na apresentação da “Vida e Obra do Dr. João Dias”

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O catálogo e documentário da “Vida e Obra do Dr. João Dias” foram apresentados ao público no passado sábado, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alcoutim. A cerimónia decorreu com casa cheia, com a presença da nova diretora regional da Cultura, Alexandra Gonçalves, e muitos familiares e amigos do médico homenageado.

Na mesa de oradores estiveram o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, o ex-autarca alcoutenejo e atual presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, e a nora do médico benemérito alcoutenejo João Francisco Dias, Victoria Cassinello.

O trabalho apresentado é agora parte da exposição do Núcleo Museológico Dr. João Dias, em Alcoutim, inaugurado no dia 13 de setembro e instalado nas antigas dependências do Hospital da Misericórdia. Do núcleo fazem também parte a biblioteca privada do médico, material de consultório, instrumentos de medicina e material cirúrgico, objetos pessoais, algumas fotografias e jornais da época com referências à sua figura benemérita.

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“A sua sensibilidade e desejo de justiça é que o definiram enquanto cidadão e médico, recusando-se a aceitar que o acesso à saúde dependesse de meras condições económicas. É com tristeza que constato que, em pleno século XXI, a atitude do Dr. João Dias continua a ser vanguardista”, referiu o autarca de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, nas suas palavras de homenagem à personalidade.

Depois da cerimónia, o público visitou o núcleo museológico, aberto de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h00.

De referir que a musealização da vida e obra de João Dias custou à Câmara Municipal de Alcoutim cerca de 74.000 euros e resultou de um protocolo celebrado entre a família do médico e a autarquia de Alcoutim.

João Dias era natural de Tenência, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim. Fixou-se em Alcoutim e ali exerceu a sua profissão de médico, depois de se licenciar em Coimbra, no ano de 1927. A sua memória, como médico benemérito e cirurgião extraordinário, perpetua-se até aos dias de hoje. Faleceu em 1955, com apenas 57 anos.

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