A Alemanha acaba de colocar 5 mil milhões de euros em Bunds (obrigações) no prazo a 10 anos pagando uma taxa média de 1,75%, ligeiramente abaixo de 1,77%, a taxa que pagou em 29 de janeiro em operação similar.
Em termos comparativos, o IGCP, a agência de gestão da dívida portuguesa, pagou em 11 de fevereiro uma taxa de 5,112% na operação sindicada de reabertura de uma linha de obrigações que vence daqui a 10 anos. Um diferencial de mais de três pontos percentuais, ilustrativo da designada fragmentação da zona euro.
No mercado secundário, as Bunds a 10 anos registam uma yield de 1,67%, mais baixa do que na operação realizada.
A rentabilidade anual (retorno nas últimas 52 semanas no mercado secundário) das Bunds, em todos os prazos, é de 1,42% e, desde o início de 2014 até à data, regista 1,91%.
As Bunds, tal como os títulos do Tesouro norte-americano, são consideradas valores seguros, mas a sua rentabilidade atual é muito baixa se comparada com a que os investidores obtêm em obrigações de dívidas públicas de membros da zona euro consideradas especulativas, como a grega (com uma rentabilidade anual de 46,74% e uma rentabilidade em 2014 até à data de 11,18%) ou a portuguesa (14,04% e 7,54% respetivamente).
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