Alepo prepara-se para a grande batalha

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Com a desistência de Kofi Annan e o agravar do conflito sírio, a ONU teme estar próximo o início de um combate maior, pelo domínio da cidade de Alepo.

Um dia depois de Kofi Annan, o enviado da ONU à Síria, ter anunciado que não quer renovar o mandato para prosseguir os esforços pela paz, crescem os sinais que fazem adivinhar o início da que é considerada pela ONU a “grande batalha por Alepo”.

Na cidade síria onde nas últimas semanas se têm concentrado os combates entre os defensores do regime de Bashar al-Assad e as forças rebeldes, os bombardeamentos têm sido uma constante.

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Segundo o comandante Abu Omar al Halabi, do Exército Sírio Livre, citado pelo “El Mundo”, o governo do país enviou agora reforços de peso para dominar a oposição: “Dezenas de camiões carregados com tropas e apoiados por mais de 100 tanques posicionaram-se nos arredores de Alepo” .

Por outro lado, refere a CNN que os rebeldes aparecem também equipados com armamento pesado, nomeadamente tanques. São as Nações Unidas que o afirmam, num sinal óbvio de que a oposição está a ganhar mais poderio militar.

Exército do regime a perder força

O desfecho está em aberto, mas há observadores a notar que o exército governamental está a dar sinais de enfraquecimento. Não só pela perda de elementos em combate – só em julho morreram perto de 1100 soldados -, como pelas deserções crescentes e pelas dificuldades inerentes à difícil manutenção exigida pelo equipamento militar de que dispõem – armas muito sofisticadas que requerem cuidados particulares para se manterem operacionais.

O outro lado do conflito é também uma evidência. Mais de 17 mil pessoas terão morrido desde o início da guerra civil, diz o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, número que os rebeldes dizem pecar por defeito. Terão sido mais de 20 mil, segundo as suas contas. Números que, apesar da grandeza, deixam de fora os milhões de sírios que vão precisar de algo tão essencial como comida, consequência direta da devastação da economia do seu país.

Entretanto, também esta semana, os Estados Unidos e o Reino Unido garantiram um apoio suplementar às forças rebeldes. Ajuda que não implica a cedência de armamento, insistem as respectivas posições oficiais, mas que se destinam a comunicações e assistência humanitária.

Mafalda Ganhão (Rede Expresso)
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