A certeza de um 2011 incerto
Estamos no final de 2010, à porta de um novo ano. Ao contrário do espírito que carateriza esta quadra, vivemos tempos difíceis. Todos sabemos a realidade que afeta a Europa e Portugal, em particular.
No foro interno de cada família fazem-se contas ao cenário apontado para 2011 e como irá ao nosso bolso. Será naturalmente um Natal de défices e um Ano Novo de impostos que estará sobre as nossas mesas.
Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, entramos em 2011 sem perspetivas para a recuperação económica. Quando tudo apontava para 2010 ser o ano da viragem, com a superação dos problemas ocorridos nos mercados financeiros e subsequentemente na economia real, deparamo-nos com a situação de desequilíbrio orçamental do sector público a baralhar as previsões e neste momento não temos bases que nos digam quando Portugal poderá apresentar valores sólidos que indiciem crescimento económico e o natural impacto nas famílias com o aumento do emprego e alívio na carga fiscal.
Este cenário obriga-nos a mudar algo. Se a nível político se exige uma nova forma de estar e de pensar Portugal e as suas políticas, a nível pessoal importa refletir em novas formas de estar e trabalhar. Depois de décadas em que esperámos que fosse a União Europeia a nos orientar (e financiar), passou para nós o ónus da responsabilidade de fazer algo. Para cada um de nós!
2011 é um ano de desa-fios. Temos de ser mais produtivos, mais empenhados e empreendedores. Temos de procurar novas ferramentas para melhorar o tecido empresarial, temos de desenvolver ainda mais uma gestão criteriosa e eficiente. Temos de apostar nos recursos humanos que temos e valorizar as suas ideias e apostas, formando-os e incentivando a sua qualificação e participação nas decisões das empresas.
O caminho que temos pela frente é de certeza difícil, mas se não pensarmos o que podemos fazer para o superar pouco podemos esperar!