Algarvios reclamam melhores condições de vida em Faro

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Cerca de uma centena de pessoas concentrou-se no sábado, dia 30 de setembro, em Faro, no início do protesto pelo direito à habitação, pela redução do custo de vida e pelo aumento dos salários, que se espalhou a todo o país.

A concentração iniciou-se por volta das 15h00, no jardim Manuel Bívar, no centro da capital algarvia, e cerca de uma hora depois eram já mais de cem as pessoas, de cerca de nove movimentos cívicos, no protesto promovido pelo Movimento “Porta a porta”.

A representante do Porta a Porta, Ana Tarrafa, disse que a afluência de manifestantes “superou as expectativas, numa região onde o turismo acentua a falta de casas para arrendamento, para médicos, professores e estudantes, entre outros”.

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Para Ana Tarrafa, a falta de casas para arrendamento anual, a preços comportáveis, “é uma realidade que se acentua cada vez mais no Algarve, que se reflete no problema de atrair e fixar profissionais para diversos setores de atividade”.

“Essas pessoas, algumas com salários até acima da média nacional, não conseguem encontrar habitação a preços razoáveis e consentâneos com os seus rendimentos”, notou.

A representante do Porta a Porta considera que a falta de casas para arrendamento, com “a especulação imobiliária refletida no custo com a habitação, é um dos maiores problemas deste século”.

“Estamos a enfrentar um grave problema, porque a habitação é neste momento uma necessidade urgente para milhares de pessoas em todo o país”, apontou.

Ana Tarrafa adiantou que a urgência do problema “reflete-se na presença de dezenas de pessoas de todas as faixas etárias e profissões na manifestação, porque os pais não conseguem ajudar os filhos e ao mesmo tempo, os filhos não conseguem ajudar os pais”.

“Muitas famílias estão confrontadas com encargos elevados de juros com prestações de casas aos bancos e não conseguem ajudar na independência dos filhos, nomeadamente para se estabelecerem em casas próprias para prosseguirem as suas vidas”, concluiu.

Os manifestantes seguiram depois em cortejo por algumas artérias da cidade de Faro, ostentando cartazes onde se podia ler “baixem as rendas, subam os salários”, “O custo de vida aumenta, o povo não aguenta” ou “Basta de alojamento local, libertem casas para as famílias”.

Ao mesmo tempo, entoavam palavras de ordem como: “A habitação acessível é um direito” e “Estamos fartos de escolher, pagar casa ou comer”.

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