Amantes de caminhadas vão ter quatro festivais para descobrir a região em 2024

No total, entre os quatro festivais programados, estão previstas mais de 200 atividades, entre caminhadas, ‘workshops’ e muitas outras ações

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Quatro festivais de caminhadas reunidos em torno da marca “Algarve Walking Season”, criada em 2017 e reativada este ano, esperam juntar na região entre março e dezembro de 2024 mais de 3.000 participantes, divulgou esta segunda-feira a organização.

Os quatro eventos vão realizar-se em Alcoutim, entre 15 e 17 de março, no Ameixial (concelho de Loulé), de 26 a 28 de abril, em Barão de São João (Lagos) entre 1 e 3 de novembro, e em Monchique, de 29 de novembro a 1 de dezembro.

A marca “Algarve Walking Season, Uma Região para Caminhar Todo o Ano”, gerida pela QRER – Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade foi criada em 2017 para promover três dos festivais que se realizavam na altura.

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O fim do financiamento comunitário ao projeto, conjugado com a pandemia de covid-19, acabou por deixá-lo em suspenso, mas em 2024 “houve uma vontade inequívoca” da comissão executiva da Região de Turismo do Algarve (RTA) “de voltar a apostar neste segmento e nesta marca”, afirmou o presidente, André Gomes, à margem da conferência de imprensa de apresentação da marca, realizada esta segunda-feira em Faro.

O responsável pelo projeto na cooperativa QRER, João Ministro, realçou que este “novo fôlego” da marca permite posicionar o Algarve como a principal região do país para caminhadas.

“Não há mais nenhuma região do país que tenha uma rede e uma marca que junte vários festivais de caminhadas com estas características. Acaba por marcar posição enquanto destino para este tipo de atividades”, disse.

Estes eventos, realizados em territórios de baixa densidade, permitem “impactar o território de muitas formas diferentes”, reforçando a atratividade do interior, contribuindo para a preservação do património natural e cultural e atraindo residentes, comunidade estrangeira residente e turistas, até de mercados emissores menos conhecidos.

No total, entre os quatro festivais programados, estão previstas mais de 200 atividades, entre caminhadas, ‘workshops’ e muitas outras ações, estimando-se a participação de “mais de 3.000 pessoas”, avançou João Ministro.

O Caminheiros – Festival de Caminhadas de Alcoutim, cuja primeira edição remonta a 2014, realiza-se de 15 a 17 de março, com um programa de 12 caminhadas subordinadas aos temas do contrabando e das experiências na fronteira.

O mais antigo destes eventos é o Festival de Caminhadas de Ameixial, no concelho de Loulé, realizado pela primeira vez em 2013 e que este ano decorre de 26 a 28 de abril, com mais de 30 caminhadas numa programação diversificada.

A sétima edição do Walk & Art Fest – Festival de Caminhadas de Barão de São João, que junta uma forte comunidade multicultural e artística residente naquela aldeia do concelho de Lagos, está agendada para 1 a 03 de novembro.

O “Algarve Walking Season” encerrará, entre 29 de novembro e 1 de dezembro, com o Festival de Caminhadas de Monchique, em que a água é a principal temática.

A RTA vai trazer a estes eventos operadores e jornalistas especializados internacionais, além de promover a marca em feiras específicas de turismo de natureza, no centro e no norte da Europa.

O objetivo será também aferir o impacto real destes festivais na região, num produto específico (caminhadas) cujo valor “já ultrapassa os 40 mil milhões de euros” em toda a Europa, frisou o presidente da RTA, citando dados da Associação Europeia de Caminhadas.

Segundo a organização do Festival de Caminhadas do Ameixial, durante os últimos 10 anos estima-se um impacto de 50 mil euros na economia local naquela aldeia do interior de Loulé.

“Este é um segmento que deixa um potencial em termos de crescimento turístico muito maior do que a sua necessidade de financiamento”, apontou André Gomes, realçando que o turismo de natureza foi o setor que “mais contribuiu” para a diversificação da oferta turística no Algarve na última década.

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1 COMENTÁRIO

  1. As caminhadas, em plena natureza, são das experiências mais gratificantes que poderemos ter, não só pelo combate ao sedentarismo que induzem, como pela fruição interior e comunhão com alguns dos seres mais nossos amigos do planeta, as plantas, com particular destaque pelas árvores – algumas das quais muitas vezes centenárias e coevas dos nossos tetravós, cuja sombra propiciada pelo seu dossel já ofereceu conforto a muitas gerações –, seres cuja nobreza dói, profundamente, ver abater.

    Experimente-se abraçar uma árvore, durante longos minutos, de olhos cerrados, e ver-se-á a intensa sensação de serenidade que nos invade e ela nos transmite …

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