O primeiro ministro António Costa, no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, esteve na tarde desta quarta-feira, dia 1 de março, na inauguração da nova esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Vila Real de Santo António (VRSA).
A nova esquadra foi transferida do centro da cidade para um edifício histórico, onde funcionou durante muitos anos a alfândega da fronteira fluvial entre Portugal e Espanha, além do antigo apeadeiro.
“Todos temos consciência que a função de segurança interna é absolutamente basilar, quer para o exercício da cidadania, quer como condição para o desenvolvimento. Fortalecer as forças de segurança e as condições para exercerem a sua atividade é a primeira condição de reforço da cidadania. Mas são também um facto essencial para o desenvolvimento”, começou por dizer António Costa.
O primeiro ministro, na entrada do edifício, recordou que “Portugal é sistematicamente considerado um dos países mais pacíficos do mundo”.
“Isso não é por acaso. É seguramente obra, em grande medida, do trabalho que a cada hora, todos os dias, ao longo de todo o ano, todas aquelas e todos aqueles que servem nas forças de segurança, designadamente na PSP, prestam ao país”, explica.
António Costa acrescentou ainda que este facto “é particularmente importante numa região que tem turismo, como é o Algarve”, defendendo que é, “seguramente, um dos fatores de atratividade do Algarve como destino turístico, para além das suas gentes, da beleza das suas paisagens e da sua ótima gastronomia”.
Considerando que “esse é um fator fundamental para o desenvolvimento económico do nosso país”, António Costa revela que Portugal e o Algarve “têm recuperado bem da grave crise que a pandemia trouxe, em particular ao setor do turismo”.
O primeiro ministro revelou ainda que no próximo verão, o aeroporto de Faro “terá seis novas rotas e 12 novos movimentos em rotas pré-existentes”, o que fará com que 2023 seja “novamente um ano de forte recuperação e crescimento na atividade turística, o que significa também um trabalho mais exigente para aquelas e aqueles que prestam serviços na PSP na região do Algarve”.
António Costa disse ainda que o Governo investiu entre 2017 e 2021 um total de 340 milhões de euros em infraestruturas das forças de segurança, que agora é elevada a 607 milhões até 2026.
“Esse é um esforço que o país tem de fazer, mas que é absolutamente essencial, porque a par das melhores condições remuneratórias, a par das melhores condições para o exercício da função, o equipamento e as instalações são ferramentas essenciais para que as forças de segurança possam continuar a desempenhar plenamente as suas funções para benefício do país e para continuarmos a ser um dos países mais pacíficos do mundo”, concluiu.
Já o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que durante o Conselho de Ministros que decorre esta quinta-feira, dia 2 de março, em Faro, será discutida a proposta de criação de Polícia Municipal em Lagoa.
O responsável revelou ainda, com “bastante satisfação”, que em 2022 houve uma redução em Vila Real de Santo António de 10% na criminalidade geral, de 75% na criminalidade grave e de 51% na violência doméstica.
“É um sinal muito reconfortante”, concluiu.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Álvaro Araújo, disse que as novas instalações da PSP “vão trazer dignidade a esta força de segurança, que tanto trabalho tem feito em prol das nossas populações”.
O autarca afirma ainda que “a forma como viviam não era a melhor” e que agora, aquela força de segurança tem “uma vista maravilhosa para o rio Guadiana e para os nossos vizinhos espanhóis, nesta zona nobre da cidade”.
Considerando esta data como “um dia verdadeiramente especial e simbólico para Vila Real de Santo António e para o Algarve, Álvaro Araújo recorda que esta era “uma ação há muito tempo necessária” e de “importância assinalável para o desenvolvimento e para a segurança” da cidade.
Durante o seu discurso, destacou ainda “o sucesso da implementação de programas” naquele concelho, como a “Escola Segura” e “Idosos em Segurança”.
O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, referiu que esta era uma “aspiração de longa data da PSP, cujo processo remonta a 2002”, que oferece agora “instalações policiais condignas”.
A cerimónia contou ainda com a participação da secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto e outras entidades locais, regionais e nacionais.
