APA quer cortes de água de 70% para agricultura e 15% para consumidores

“A situação é muito preocupante", diz a AMAL

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A Agência Portuguesa do Ambiente deverá propor regras para reduzir o consumo de água no Algarve em 70% para o setor agrícola e 15% para os consumidores urbanos, avançou o presidente da Comunidade Intermunicipal.

“A situação é muito preocupante. Estamos perto de uma situação catastrófica e temos de começar a poupar água a sério”, disse o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), António Miguel Pina.

O responsável pelos 16 municípios algarvios indicou que nas reuniões que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem mantido nas últimas semanas com as autarquias, os setores da agricultura e do turismo, se definiu que a escassez de água impõe uma redução a partir de fevereiro de 70% para o consumo de água no setor agrícola e de 15% para o circuito urbano, que inclui o turismo.

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“Se este ano chover o mesmo que no pior dos últimos anos, temos atualmente apenas água até ao final de agosto”, alerta António Miguel Pina.

Segundo o autarca, as reduções no consumo previstas iriam permitir que a região tivesse água até ao fim do corrente ano.

“É o equilíbrio possível e todos temos de fazer um esforço”, disse o dirigente da AMAL, que também é presidente da Câmara de Olhão, acrescentando que a proposta leva aos “mínimos possíveis” para a sobrevivência do setor agrícola.

De acordo com António Miguel Pina, se os objetivos definidos não forem alcançados, “pode ser possível um aumento das tarifas de água para determinados escalões de consumo”.

“Temos também de definir quais são os consumos razoáveis e acima disso penalizar os consumidores inconscientes com o pagamento de coimas”, disse o autarca.

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