Aumenta procura de britânicos por casas em resorts no Algarve

“A escolha por Albufeira e Loulé tem a ver com o facto de haver mais oferta e ser aí que se situa o chamado triângulo dourado”

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O ‘Brexit’ e a pandemia de covid-19 fizeram aumentar a procura do mercado britânico por habitações em ‘resorts’ no Algarve no primeiro semestre do ano, sobretudo em Loulé e Albufeira, disse um responsável do setor.

“Houve alguns fatores que aceleraram ou terão motivado mais a procura, o ‘Brexit’ [saída do Reino Unido da União Europeia] e também a pandemia, que entretanto atraiu mais gente para este tipo de produto, de várias nacionalidades, incluindo a inglesa, que tem uma relação com Portugal bastante antiga”, disse o diretor executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts.

Segundo Pedro Fontainhas, apesar de a relação dos britânicos com o Algarve ser uma “longa tradição” e durar “há várias décadas”, aqueles fatores ajudam a explicar o aumento do volume de vendas de habitações em ‘resorts’ no primeiro semestre do ano, com os britânicos a representarem mais de 50% da procura em Albufeira e Loulé.

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“A escolha por Albufeira e Loulé tem a ver com o facto de haver mais oferta e ser aí que se situa o chamado triângulo dourado”, ou seja, o eixo entre Vilamoura, Quinta do Lago e Vale do Lobo, no concelho de Loulé, onde existe uma “oferta de luxo bastante distintiva”.

Já o concelho de Albufeira, um dos mais turísticos do Algarve e onde se concentra metade da oferta hoteleira da região, é “um polo britânico bastante relevante”, sublinhou, lembrando que apesar de haver outras zonas do Algarve com procura, esta está mais concentrada nestes dois concelhos contíguos do distrito de Faro.

De acordo com o último relatório sobre o mercado de ‘resorts’ portugueses produzido por uma empresa do setor imobiliário em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, apoiada pelo Turismo de Portugal, o número de unidades transacionadas em ‘resorts’ aumentou 20% no primeiro semestre do ano face ao segundo semestre de 2021.

“A maior diversificação de nacionalidades nos vários destinos e o reforço dos britânicos no seu mercado tradicional são algumas das razões para o crescimento semestral de 20% nas unidades transacionadas para um dos níveis de atividade mais elevados desde 2017”, lê-se num resumo do relatório.

Segundo o relatório, Albufeira e Loulé e a Costa Atlântica – entre a região do Oeste e o Litoral Alentejano -, são responsáveis por cerca de um terço das vendas cada.

“Depois de em 2021 terem diversificado os destinos para investir, os britânicos voltaram a focar-se no principal eixo do Algarve para a compra de habitação em ‘resort’, ou seja, o eixo Albufeira-Loulé”, lê-se no resumo.

O eixo Albufeira-Loulé registou preços médios de venda de 4.625 euros por metro quadrado, sendo que os britânicos protagonizaram 56% das aquisições internacionais nesse eixo no primeiro semestre de 2022.

“Este tinha sido o padrão do mercado internacional entre 2018 e 2020, mas em 2021 os britânicos perderam expressão neste eixo (para cerca de 40%) e deram sinais de abertura aos mercados fora do Algarve”, é referido.

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