Autarcas portugueses e espanhóis querem maior cooperação entre as margens do Guadiana

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Decorreu esta sexta-feira em Alcoutim a assinatura da Ata de Fronteira entre o Município de Alcoutim e os municípios espanhóis de Sanlúcar de Guadiana, El Granado e San Silvestre de Guzmán, onde participaram os representantes dos quatro autarquias ribeirinhas.

O ato de assinatura da Ata de Reconhecimento de Fronteira é anual, mas, pela primeira vez em muitos anos, juntou os autarcas das quatro comunidades, num encontro marcado pela manifesta vontade de trabalhar e desenvolver a cooperação entre os povos.

O novo presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, o socialista Osvaldo Gonçalves, aproveitou esta oportunidade para anunciar as suas intenções e objetivos de cooperação transfronteiriça para os próximos quatro anos.

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O autarca apresentou alguns projetos que gostaria de desenvolver com os pares da margem espanhola, entre os quais a promoção de encontros gastronómicos e a colaboração nos eventos sociais e turísticos, entre outros, cujo objetivo final será o de aproximar as comunidades transfronteiriças e promover as margens como conjunto turístico.

“O Município de Alcoutim acredita no trabalho e no crescimento em parceria e é com esse desígnio que vos peço que analisemos de que forma será possível otimizar, ainda mais, a nossa cooperação”, referiu o edil alcoutenejo. Osvaldo Gonçalves adiantou mesmo, e como exemplo, a sua vontade de cooperar “na promoção e realização conjunta de eventos que valorizem a recente classificação da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO”, que abrange os dois países.

Além de Osvaldo Gonçalves, o ato contou com a presença dos autarcas José Ojeda (Sanlúcar), María Medina (Granado) e Josefa González (San Silvestre).

A assinatura da Ata de Fronteira assinala e confirma a demarcação da fronteira luso-espanhola, estabelecida pelo Tratado de Limites entre Portugal e Espanha, celebrado em Lisboa em 1864. Mais tarde, através de convénio bilateral, os limites foram confirmados em 1926 entre a confluência do Rio Cuncos e a foz do Rio Guadiana.

À cerimónia seguiu-se o hastear da bandeira nacional no Castelo da Vila, onde permanecerá içada como símbolo de soberania nacional.

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