Averiguação inicial não deteta “corpos estranhos” em comida de refeitório escolar em Portimão

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A primeira averiguação feita pelas autoridades de saúde não detetou indícios da presença de corpos estranhos na comida do refeitório de uma escola de Portimão onde alegadamente foram encontradas larvas em refeições escolares, informou na quinta-feira o município.

Em comunicado, a Câmara de Portimão salientou que estão, contudo, a ser realizadas análises no Laboratório Regional de Saúde Pública Laura Alves às amostras recolhidas no refeitório da Escola Básica e Secundária da Bemposta.

“A delegação de Saúde informou que, numa primeira averiguação, não foram detetados quaisquer indícios de presença de corpos estranhos, em concreto os que constam nas fotografias”, adiantou a autarquia, justificando os esclarecimentos com o “alarme social” causado pelas imagens que circulam nas redes sociais.

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A posição do município surge depois de, na terça-feira, terem sido conhecidas, através das redes sociais, imagens “supostamente alusivas a uma refeição servida no refeitório da Escola Básica e Secundária da Bemposta” que mostravam a presença de larvas na comida, referiu a autarquia.

A Câmara de Portimão destacou ainda que “foi dado conhecimento das imagens à Direção-Geral de Veterinária” e, segundo o retorno recebido, “qualquer parasita existente no peixe não criava qualquer perigo para a saúde pública, uma vez que se tratava de um produto congelado e que o mesmo foi sujeito às temperaturas altas da fritura”.

O município assegurou que a escola onde alegadamente aconteceu o caso “sempre adotou todos os rigorosos procedimentos associados ao Sistema de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP)”, garantindo que a escola e a autarquia só tiveram conhecimento do caso “muitas horas depois”.

A mesma fonte frisou que a escola, quando tomou conhecimento da situação, acionou os procedimentos estabelecidos para estes casos e a Autoridade de Saúde deslocou-se ao local, onde recolheu amostras do peixe ultracongelado e dos alimentos servidos no dia do alegado incidente.

A Câmara garantiu ainda que, até ao momento, não foram detetados problemas de intoxicação alimentar associados à alimentação fornecida pela escola.

“Reafirma-se que as autoridades de saúde tiveram acesso a todas as amostras da alimentação confecionada nesse dia, segundo as regras definidas no HACCP, e que a situação já se encontra comunicada à ASAE [Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica]”, sublinhou o município.

A reação da Câmara surge depois de o PSD de Portimão ter anunciado que vai pedir à Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a abertura de um inquérito à “suposta presença de larvas” na refeição de peixe servida na escola da Bemposta.

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