A Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Olhão acaba de esclarecer que votou contra a contratação do empréstimo destinado à requalificação dos largos históricos da cidade, ao contrário do que foi afirmado, em comunicado, pelo Partido Socalista (PS).
Recorde-se os socialistas tinham dado conhecimento, em comunicado remetido aos órgãos de comunicação social, que a proposta apresentada pelo executivo da Câmara Municipal de Olhão, na última Assembleia Municipal, “mereceu o apoio de todas as forças políticas” com representação naquele órgão.
Na Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Olhão, que teve lugar no dia 25 de Junho de 2012, o executivo camarário apresentou a proposta para a contratação de um empréstimo quadro com o estado, através do Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional (IFDR) referente à empreitada de requalificação dos largos da zona histórica de Olhão – PRU Olhão, no valor de 194.245,50 euros.
“A bancada do BE na Assembleia municipal de Olhão votou contra a proposta do executivo liderado pelo socialista Francisco Leal por não ter recebido, no âmbito dos trabalhos da Assembleia Municipal, qualquer estudo de ‘custo/benefício’ para o concelho, ou outro qualquer documento que lhe permitisse analisar a proposta e emitir, no mínimo uma opinião”, esclarecem os bloquistas, frisando que não votarão “propostas que careçam da documentação necessária a uma análise cuidada e altruísta”.
Neste caso concreto, os deputados eleitos à Assembleia Municipal de Olhão pela lista do BE consideram que, tendo em conta que a decisão para a aplicação de qualquer verbas deve ser presidida por uma opção política, “existem obras mais importantes para realizar e onde a urgência de uma verba idêntica é fundamental”.
A Concelhia de Olhão do BE considera, ainda, que “os milhares de desempregados registados no concelho de Olhão e as contínuas descargas de esgotos para a Ria Formosa deveriam merecer maior atenção por parte do executivo da Câmara Municipal e do PS/Olhão, dado estes serem as verdadeiras alavancas do pleno desenvolvimento do Concelho, na sua riqueza humana, paisagista a cultural”.
