Bloco de Esquerda do Algarve debate sobre Palestina

Os presentes concluíram a necessidade de um cessar fogo e o fim urgente dos massacres

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A sede do Bloco de Esquerda de Faro foi palco de um debate sobre a situação política e humanitária na Palestina no sábado, dia 11 de novembro, anunciou o partido.

O debate contou com a participação de Alan Stoleroff do ISCTE-IUL e de Diogo Costa do Comité de Solidariedade com a Palestina e uma forte adesão e participação do público.

“Entre a angústia e a esperança, partilhadas pelos dois oradores, a conversa percorreu os caminhos que nos trouxeram a este ponto crítico, nomeadamente as falsas promessas de soberania e independência nos territórios da Cisjordânia e de Gaza, a cumplicidade dos governos ocidentais ou o falhanço da implementação do direito internacional”, refere em comunicado.

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Os presentes concluíram a necessidade de um cessar fogo e o fim urgente dos massacres, terminando com a construção de uma paz justa e de uma resolução política.

“Neste campo, o papel da comunidade internacional é fundamental, tanto ao nível das lideranças políticas quanto da sociedade civil”, acrescenta.

Os presentes referiram ainda “a inação e a hipocrisia da maioria dos governos ocidentais perante tão flagrantes crimes de guerra contra toda uma população civil”, que se poderão arriscar “a ser um decisivo golpe nas já desacreditadas democracias ocidentais e nas instituições internacionais, forjadas no rescaldo dos horrores da segunda guerra mundial”.

“É preciso reafirmar o nosso compromisso para com a liberdade dos povos, a justiça e os direitos humanos. E pôr fim ao esmagamento do povo palestiniano, com a retirada imediata dos territórios ilegalmente ocupados”, conclui.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Com a próxima saida de cena de António Costa, como Secretário-Geral do Partido Socialista (SGPS), apenas dois nomes se chegaram à frente para disputar a vacatura do lugar.

    Um deles é Pedro Nuno Santos (PNS), conotado com a ala mais esquerdista do Partido Socialista (PS) e que apresentou, ontem, 13 / 11, a sua candidatura, tendo já indiciado o seu eventual propósito de – se for o escolhido para o lugar – fazer ressuscitar a Geringonça (PS + PCP + BE).
    O outro é José Luís Carneiro (JLC), representante da ala mais moderada e muito mais próximo da herança tutelar ideológica de Mário Soares.

    Que vimos ontem, na apresentação da candidatura de PNS ?
    Uma daquelas piruetas em que a política é pródiga, que nos deixam, como se costuma dizer, com a boca aberta de espanto e em que são deixadas, nas entrelinhas, algumas legítimas interpretações não muito abonadoras.

    Francisco Assis (FA), um dos nomes mais sonantes dentro do PS é alguém, cujo perfil ideológico sempre se pautou pela moderação e, por via disso, sempre foi um acérrimo crítico da solução da Geringonça, a mesma que PNS está agora aberto a replicar.
    Neste pressuposto, tudo apontaria, para que o apoio de FA se encaminhasse para o suporte a JLC.
    Puro engano …
    Bem ao contrário, FA fez, recentemente, questão de apresentar publicamente o seu total apoio à candidatura de PNS, tendo, mesmo, feito a entrada triunfal ao seu lado, na sala, repleta de apoiantes, onde iria ter lugar a assumpção por este último como aspirante ao lugar.

    Existe um princípio em política consubstanciado na consagrada frase de que, cito, “não há almoços grátis”.
    Cada qual que a entenda como melhor lhe aprouver …

  2. Com a devida vénia, permito-me transcrever parte do artigo redigido por João Miguel Tavares e publicado no diário “Público”, de 14 do crt., a que aquele articulista pôs o título de “A arte de atirar (ex-) amigos para debaixo do combóio”.

    “Nos últimos dias, António Costa atirou para debaixo do combóio :
    1 – Vítor Escária, seu antigo chefe de gabinete, lamentando a ‘confiança traida’, por causa dos 75.800 euros escondidos no Palacete de São Bento e despachando-o, como um estrito caso de ‘responsabilidade individual’;
    2 – Diogo Lacerda Machado, seu antigo ‘melhor amigo’, manifestando o seu arrependimento por um dia ter usado tal expressão – um ‘momento de infelicidade’, disse –, já que ‘um Primeiro-ministro não tem amigos’ e, quanto mais tempo exerce, menos amigos tem’;
    3 – Mário Centeno, que António Costa sondou para Primeiro-ministro, resolvendo depois, para entalar Marcelo Rebelo de Sousa, partilhar essa informação com todos os Portugueses e, assim, colocar em causa a independência e isenção do governador do Banco de Portugal.

    Qual o problema destes três atropelamentos ?
    Este António Costa parece um combóio desgovernado, obcecado em proteger a sua reputação, à custa da reputação dos outros.
    ( … )
    Roça o absurdo ver o Primeiro-ministro agir como se fosse uma jovem donzela atirada para um prostíbulo, muito surpreendida com os maus comportamentos no quarto ao lado.
    Toda a gente conhecia o ‘curriculum’ de Escária.
    Toda a gente conhecia o ‘curriculum’ de Lacerda Machado.
    ( …)
    Estas são pessoas que ele intencionalmente promoveu e das quais se rodeou. E que depois abandonou, no momento em que se tornaram um embaraço.
    Pedro Nuno Santos disse ontem que ‘o PS não irá passar os próximos quatro meses a discutir um processo judicial’. É pena. Não há nada de mais urgente.”

    Nota minha: gostaria de saber escrever assim.

  3. No seguimento do meu primeiro comentário e ainda no âmbito da Geringonça, permita-se-me mais a seguinte reflexão:
    Na lógica dos Partidos à esquerda do Partido Socialista, com pequenas nuances, basicamente, a sua filosofia ideológica é simples: enquanto houver para distribuir, tudo bem, vive-se no melhor dos mundos. Quando se acabar aquilo com que se compra os melões, como diz o povo, aí começam as dores … porque “ele” não cai do céu como a chuva … mas dos bolsos dos contribuintes, que somos cada um de nós.

    Assim é, porque a geração de riqueza, que é feita pelas empresas privadas, ponto ( ! ), não é suficientemente tida na devida conta, na visão daquelas formações partidárias, uma vez que o verdadeira e último móbil da sua matriz é a estatização da economia.

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