Bloco de Esquerda questiona CCDR/Algarve sobre projetos da região

A CCDR foi também questionada sobre a instalação de centrais fotovoltaicas de produção de energia em vários pontos do Algarve

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Uma delegação da Comissão Coordenadora Regional do Bloco de Esquerda (BE) reuniu esta semana com a direção da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) para saber a posição da entidade sobre a construção de vários empreendimentos turístico-urbanísticos, anunciou o partido.

Estes empreendimentos turísticos têm a previsão de inclui mais de 20 mil camas na zona costeira algarvia e os seus promotores advogam “os direitos adquiridos”, enquanto o Bloco de Esquerda contesta.

“Estes projetos a irem para a frente, além de fomentarem a especulação imobiliária-turística, à custa de salários baixos e do aumento da precariedade, irão igualmente destruir o que ainda existe na orla marítima do Algarve, com graves consequências ambientais”, refere o partido em comunicado.

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Segundo a CCDR “estes projetos não são da sua competência, são da responsabilidade das Câmaras Municipais”, o que faz com que o Bloco de Esquerda acuse a entidade de “sacudir a água do capote”.

Outro assunto abordado pelo Bloco de Esquerda foi o ponto de situação do Plano de Recuperação e Resiliência na região, em particular o Plano de Eficiência Hídrica Regional.

Para o Bloco de Esquerda, o PRR “revela-se positivo para o Algarve, no entanto ficará muito aquém na resolução dos problemas estruturantes da região, sendo necessário muito mais investimento público por parte do Governo e dos municípios com a aposta prioritária no setor da habitação”.

Por outro lado, o Bloco diz ser “inaceitável qualquer aumento das tarifas de água no consumidor com a construção da dessalinizadora”.

A CCDR foi também questionada sobre a instalação de centrais fotovoltaicas de produção de energia em vários pontos do Algarve “com graves impactos ambientais, visto afetarem a biodiversidade, áreas de Reserva Ecológica Nacional/REN e até aquíferos subterrâneos de água potável. Estas centrais devem ser construídas em áreas com o mínimo de impactes ambientais”.

Segundo a entidade, “a CCDR analisa as avaliações de impacte ambiental, estando a elaborar um regulamento no sentido de minimizar esses impactes, impedindo a destruição da biodiversidade em termos de avifauna, flora e fauna”.

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