O município de Portimão decidiu manter o dispositivo permanente de resposta aos incêndios rurais ao longo de todo o ano. Nesse sentido, à semelhança do ano transato, a autarquia aprovou, por unanimidade, em reunião de câmara, o protocolo de cooperação com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão, no valor de 150 mil euros, que assegura a permanência de um dispositivo dedicado aos incêndios rurais ao longo de todo o ano.
“Esta medida tem por base a ocorrência de incêndios no espaço rural de 1 de janeiro a 31 de dezembro, o que exige uma resposta oportuna e rápida mesmo fora do período mais crítico, sem desguarnecer ou comprometer a resposta nas demais áreas da proteção e socorro, sobretudo nos incêndios urbanos e acidentes”, esclarece a Câmara de Portimão.
Este mecanismo, materializado pelo corpo de bombeiros de Portimão, assenta na manutenção de uma equipa de combate a incêndios rurais composta por cinco bombeiros e um veículo florestal de combate, para além dos períodos tradicionalmente mais propícios à ocorrência de incêndios rurais e que merecem um reforço de meios.
Este quadro de cooperação permite, ainda, a operacionalização de mais uma equipa logística de apoio ao combate e uma equipa de reconhecimento e avaliação da situação sempre que o estado de alerta esteja elevado.
O protocolo contempla, também, a aquisição de mais um equipamento de proteção individual para incêndios florestais a entregar a cada bombeiro, com vista a substituir os equipamentos com maior desgaste.
44 ocorrências registadas em 2018
Segundo a proteção civil de Portimão, desde o início do ano 2019 foram registados cinco alertas para ocorrências de incêndio em espaços naturais e foram acompanhadas 132 queimas de sobrantes agrícolas no concelho.
“Através dos indicadores de desempenho do ano transato, em que foram registadas 44 ocorrências de incêndios rurais, constata-se que foi possível sustentar tempos médios de resposta inferiores aos objetivos operacionais nomeadamente a saída em 1 minuto e 33 segundos após despacho (objetivo até 3 minutos), a chegada do primeiro meio ao local numa média de 9 minutos e 13 segundos (objetivo até 20 minutos) e a resolução das ocorrências numa média de 25 minutos e 50 segundos (objetivo até 90 minutos – ataque inicial), num balanço que representa 100% de eficácia do dispositivo instalado”, referem os responsáveis.
Para além do combate aos incêndios, esta equipa colabora ainda nas iniciativas de prevenção e sensibilização à população, nas demonstrações práticas de “queima segura”, na identificação de situações de risco no espaço rural (como é o caso de poços inseguros), entre outras atividades.