Câmara de Monchique compra fonte de “água milagrosa”

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Parada no tempo e perdida nos confins da serra de Monchique encontra-se a Fonte Santa da Fornalha, um local selvagem e tranquilo, na freguesia de Alferce, onde a água brota das pedras e até se diz que tem poderes medicinais. O local, que foi utilizado como termas há centenas de anos, está abandonado e em avançado estado de degradação, o que levou a autarquia a comprar o antigo imóvel para proteger esta fonte de “milagres”.

A Câmara de Monchique adquiriu na semana passada a Fonte Santa da Fornalha, uma antiga zona termal na freguesia de Alferce, que inclui três captações de água termal e quatro habitações em ruínas.

O presidente da autarquia, Rui André, justifica a compra – “a preço simbólico” – com o elevado “interesse histórico e arquitetónico” dos imóveis. “Os prédios sitos em Fonte Santa da Fornalha são um considerável bem cultural e histórico porque representam o testemunho da criação humana de uma técnica de aproveitamento das características medicinais de águas, através da construção de um conjunto de balneários que remontam ao século XIX”, realça o autarca em comunicado, frisando que é competência do presidente da câmara “promover todas as ações necessárias à administração corrente e conservação do património incluído na área geográfica do concelho”.

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A Fonte Santa da Fornalha foi utilizada como termas há várias centenas de anos, sendo que o local estava atualmente “ao abandono e em avançado estado de degradação”, salienta a Câmara de Monchique.

O local situa-se perto do ponto onde se cruzam as ribeiras de Monchique e de Odelouca, na freguesia de Alferce, sendo há décadas procurado por habitantes locais e turistas de várias nacionalidades.

“A sua água de origem termal, surge tépida (perto dos 27ºC) para os tanques que ainda lá estão presentes. Dizem que esta água é medicinal, nomeadamente, boa para reumatismo e dermatoses”, explica a autarquia.

A Câmara de Monchique vê assim um “grande potencial turístico” neste local, nomeadamente nas áreas da “saúde e bem estar”, até porque o concelho já é conhecido há muitos séculos como detentor de águas termais “milagrosas”.

O executivo considera, assim, que “os poderes curativos atribuídos àquelas águas usadas pelos residentes da zona, desde tempos imemoriais, merecem especial proteção por parte do município”. E, segundo a autarquia, essa proteção de bens e de património cultural “só poderá ser garantida através da aquisição do imóvel”.

Nuno Couto/Jornal do Algarve
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