Centro de Recolha Oficial de Faro marca nova era na promoção do bem-estar animal

O CROAF será também um centro de adoção animal

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O Centro de Recolha Oficial de Animais de Faro (CROAF), foi inaugurado esta segunda-feira, dia 16 de janeiro, no Medronhal (entre Santa Bárbara de Nexe e Estoi) com o objetivo de acolher, tratar e promover a adoção dos animais errantes do concelho que ali chegarem.

Nas palavras de Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, o CROAF é um projeto “há muito solicitado pela população” e “uma das prioridades que o executivo assumiu desde o primeiro ano de mandato”, começa o autarca que presidiu à cerimónia de inauguração de um equipamento que marca uma nova era na promoção do bem-estar animal no concelho e na região.

O CROAF é um “sonho” que começou a ser idealizado em 2014 pelo arquiteto municipal António Palma, que hoje é um dos rostos por detrás de uma estrutura erguida com o intuito de “melhorar a qualidade de vida de todos nós e em particular dos animais que aqui estarão recolhidos. É um espaço que ajuda a minimizar um problema de resposta antigo. O facto de termos animais abandonados, para além de ser algo muito negativo para os animais, também constitui um problema de saúde pública que queremos mitigar ao máximo”, explica o edil.  

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Com capacidade para 170 animais – 120 cães e 50 gatos – o Centro de Recolha de Faro conta com uma área de cerca de cinco a seis mil metros quadrados extensíveis para o caso de ser necessário ampliar o equipamento no futuro. Por enquanto, existem ainda três mil metros quadros disponíveis.

Naquele equipamento, construído num terreno da Câmara Municipal de Faro, e que demorou cerca de dois anos a ser construído, existem 42 boxes para canídeos e 16 boxes para felídeos. A infraestrutura municipal, que se encontra praticamente equipada na totalidade, dispõe de gabinetes veterinários, salas de cirurgia, área de recobro e zonas para higienização dos animais.

No que toca aos recursos humanos, numa fase inicial, o CROAF funcionará com dois assistentes técnicos e oito assistentes operacionais, para além da equipa veterinária, coordenada por Rúben Jerónimo, veterinário municipal há cerca de dois anos.

Para o veterinário, o CROAF vai permitir que a resposta aos animais errantes seja “diferente”, “mais célere” e que se “alivie a pressão sobre os veterinários do concelho”, pois ali serão garantidos tratamentos, cirurgias, vacinações, identificações eletrónicas e a promoção da adoção “no local ou através das associações e canis parceiros”, descreve.

Tratar, recuperar, adotar

“Criar condições para tratar e acolher os animais abandonados do concelho” era a ambição do município, sublinha Rogério Bacalhau.

“Era uma meta que tínhamos, mas que não se esgota aqui… O objetivo é continuar a contribuir para o bem-estar animal e continuar a apoiar as associações de animais de outros município também”, assegura. No CROAF, “tratar, recuperar e adotar” será um dos lemas da casa.

De forma a evitar o descontrolo nas matilhas de cães abandonados e nas colónias de gatos, Rubén Jerónimo dá enfase a outra política chave: “capturar, esterilizar e devolver” – um programa de esterilização e de colocação de chip eletrónico que apenas está em curso para gatos, mas que os responsáveis pelo Centro gostariam de ver alargada aos cães.

No final do seu discurso, Rogério Bacalhau enalteceu a “excelente equipa de rapazes e raparigas” que foram especialmente contratados para integrarem o projeto e as associações da causa animal que têm ajudado a autarquia “a minimizar um problema antigo”.

“Vamos precisar de todas as associações para nos indicar os animais que estão abandonados, para nos ajudar nas adoções e para continuarmos a contribuir para o bem-estar animal. Sozinhos, certamente seremos poucos. Estamos disponíveis e interessados para colaborar com as associações e entidades ligadas à causa animal”, vincou.

De igual forma teceu agradecimentos à GNR, “um parceiro importantíssimo na luta pelo bem-estar animal”.

“São muitas vezes eles que detetam situações, que nos contactam e ajudam na recolha dos animais”, recorda.

O município de Faro investiu 1,4 milhões de euros (acrescidos de IVA) no projeto de execução do CROAF.

Segundo Rogério Bacalhau, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), através do Fundo Ambiental, financiou a edificação com 200 mil euros “que ajudarão a amortizar o empréstimo bancário que a autarquia contraiu para pagar o valor despendido até ao momento”, clarifica.

Em tom de desafio, a equipa do CROAF convida a população a visitar o espaço e a conhecer os animais que já se encontram em condições de serem adotados.

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