No dia 22 de setembro de 2008, o Algarve acordou pintado de castanho devido à lama. Um fenómeno (cada vez menos) raro de chuva intensa provocou 78 inundações em catorze concelhos da região, escapando apenas dois à destruição
Faz no próximo sábado, dia 22 de setembro, dez anos que a região algarvia acordou pintada de castanho, depois de uma tromba de água ter provocado inundações em quase todos os concelhos do Algarve. Houve quedas de árvores, deslizamentos de terras, casas e lojas invadidas pela água, carros arrastados pela força das correntes e muitos milhares de euros em prejuízos.
A intempérie resultou de uma forte chuvada que decorreu durante a madrugada, sendo que entre as 2h00 e as 3h00 foram apurados valores que permitiram concluir que houve um fenómeno com intensidade rara, tal como o que viria a repetir-se mais tarde, no dia 1 de novembro de 2015, atingindo principalmente Albufeira, Fuzeta, Moncarapacho e Cabanas de Tavira.
Assim, a noite e o dia daquele 22 de setembro de 2008 foram dominados pelo desespero e pela preocupação em muitas localidades, pois nas zonas mais baixas foram poucas as casas ou estabelecimentos comerciais que escaparam ilesos à enxurrada, que obrigou também ao corte de várias estradas e a ativar os planos municipais de emergência.
As chuvas intensas registadas naquela madrugada em todo o Algarve provocaram 78 inundações, com dezenas de famílias a serem afetadas pelas cheias. Ao todo, nos três dias seguintes, a proteção civil registou 257 ocorrências devido ao mau tempo.
As cheias de setembro de 2008 assolaram os 16 concelhos algarvios, sendo que apenas dois – Alcoutim e Monchique – não registaram inundações, porque nos restantes 14 concelhos houve necessidade de a proteção civil entrar em ação para auxiliar as populações…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 20 DE SETEMBRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve