A Feira de Faro, a maior e mais antiga feira do Algarve (e uma das mais emblemáticas do País), regressa este ano, com maior “oferta, dinamismo e identidade”, numa edição exclusiva dedicada à evocação de Santa Iria – padroeira do certame.
Até ao dia 23 de outubro, o Largo de São Francisco, morada de tantas décadas de um dos eventos mais acarinhados pelos farenses e algarvios, volta a receber feirantes e visitantes, que após dois anos pandemia voltaram a ver “a feira tal como ela é – uma feira forte e cheia de vida”, disse ao JA Inês Martins, uma olhanense que não perde uma edição da Feira de Faro.
Os restaurantes que aromatizam as tendas com o cheiro do fumeiro e do queijo da serra, o artesanato local, as barraquinhas de vestuário e atoalhados, as rulotes das farturas e das bifanas, as ‘maçãs do amor’ e o algodão doce, o cheiro do polvo assado, a roda gigante – o ex-libris da feira, o regatear dos feirantes e os gritos de quem ousa experimentar os carrosséis da feira são presença assídua em mais uma edição da Feira de Santa Iria.
Para além da vertente lúdica, este certame é, igualmente, a ocasião ideal para associações, entidades e instituições das mais diversas áreas sem fins lucrativos, promoverem os seus programas e atividades. Neste sentido, este ano, a organização criou o Pavilhão das Entidades, local onde é possível ajudar, apadrinhar ou apenas saber mais sobre as causas das entidades regionais.
Outra das novidades pretende-se com a existência de uma nova área de entretenimento e divulgação: um palco onde a música popular, protagonizada por artistas e agrupamentos culturais algarvios, garantirá a animação de todos aqueles que passem pelo Largo de São Francisco até ao dia 23.
Contudo, este ano, a grande surpresa recai sobre a protagonista em tantos séculos: Santa Iria de Nabância. O município prepara-se para apresentar uma nova imagem da padroeira. Por isto, o certame deste ano ficará marcado por uma cerimónia memorial, a realizar no dia da morte da mártir – 20 de outubro (quinta-feira). A cerimónia tem como ponto de partida a Igreja da Misericórdia de Faro onde, pelas 16h30, o cónego Rui Barros, pároco da Sé e São Luís, celebrará uma missa solene em honra da padroeira. Finda a manifestação de fé, a organização da feira, em articulação com a Santa Casa da Misericórdia de Faro (SCMF) e a Divisão de Museus e Restauro da Câmara Municipal, fará deslocar a peça escultórica até ao Pavilhão das Entidades da feira, onde se dará a conhecer a populares, feirantes e curiosos das artes e património, a partir das 18h30.
A organização do certame é da responsabilidade da Ambifaro e da Câmara Municipal de Faro, que convidam todos a “desfrutar de um dos eventos com maior aderência na região”.
