O filme “Clandestina”, uma longa-metragem, que parte do livro “Memórias de uma Falsificadora – A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal”. dedicado a Margarida Tengarrinha, vai ser exibido no Algarcine, em Portimão, no dia 8 de março.
A exibição, uma produção da TERRATREME, contará com a presença da realizadora, Maria Mire. Artista, escritora, professora que antes do 25 de Abril viveu clandestinamente em Portugal e que se tornou falsificadora de documentos por motivos de militância política, Margarida Tengarrinha nasceu em Portimão em 1928 e faleceu no último mês de outubro, na mesma cidade.
O interesse na realização deste filme, que no passado dia 22 de fevereiro, foi projetado para os jornalistas no ICA, em Lisboa, prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a ação das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana”, afirma Maria Mire, que em 2020 realizou a curta-metragem “Parto Sem Dor”, uma homenagem à médica obstetra Cesina Bermudes (1908- 2001), pioneira da introdução do parto sem dor em Portugal e resistente antifascista, que ajudou no parto muitas mulheres na clandestinidade.