Menos de metade dos 400 empreendimentos turísticos do Algarve pediu, até agora, a reconversão da classificação das suas unidades. Em declarações ao JA, os responsáveis do Turismo do Algarve e da AHETA admitem que “os empresários estão a deixar tudo para o fim” do prazo, que termina já a 31 de dezembro. O processo é obrigatório e está a ser encarado como uma oportunidade para acabar com o velho problema das “camas paralelas”, que ascendem às 200 mil e prejudicam o orçamento do Estado para o Algarve.
Albergarias, estalagens, pensões, motéis e hospedarias são algumas das tipologias de alojamento que vão ser eliminadas já no início de 2011.
A nova legislação prevê a passagem das atuais 21 para oito categorias, caindo ainda denominações como moradias turísticas, casas de turismo rural, casas-retiro, centros de acolhimento e casas de abrigo.
Num processo que é obrigatório, os proprietários têm até 31 de dezembro para converterem os seus estabelecimentos noutras categorias que continuem a existir – hotel, apartamento turístico, pousada, aldeamento turístico, empreendimento turístico no espaço rural, por exemplo.
No entanto, segundo apurou esta semana o JA, menos de metade dos empreendimentos turísticos do Algarve (400 mil legalizados mais 120 pensões legais) pediu a reconversão da sua classificação.
“O processo está a decorrer abaixo das expectativas. Esperávamos mais adesão dos empresários, mas ainda acreditamos que até ao final do ano exista um aumento dos pedidos de reconversão”, disse Nuno Aires.
O presidente do Turismo do Algarve falava ao JA à margem da última sessão de esclarecimento sobre a reconversão dos empreendimentos turísticos, realizada sexta-feira, na sede da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em Albufeira.
(texto publicado na íntegra na edição em papel do Jornal do Algarve – 2 de dezembro)
Nuno Couto / Jornal do Algarve