Comunicando desportivamente:

Um pouco por todo o mundo, o incidente que conduziu à morte de George Floyd, asfixiado por um polícia durante 8 minutos e 46 segundos, desencadeou uma onde de protestos, de tal forma que o nome da vítima deixou de lhe pertencer só a ele, porquanto se tornou num símbolo contra a brutalidade policial e o racismo sistémico.


Tendo os Estados Unidos como epicentro, têm sido inúmeras as manifestações de protesto, tal com aconteceu recentemente em Lisboa em que ficou bem patente a união de quantos se têm insurgido contra esses procedimentos absolutamente condenáveis.


Vários craques do jogo da bola ao cesto, a representarem, na Liga Placard, o Sporting, o Benfica e a Ovarense deram conta disso mesmo, como foi, por exemplo, o caso do sportinguista James Ellisor: “É importante tomar uma posição e dar a voz pela igualdade. Acredito que a mensagem passou para os adeptos; independentemente do que acontecer em campo, seremos sempre amigos. Somos todos humanos e devemos unir-nos para fazer do Mundo um lugar melhor”.


Já, por parte de Micah Downs, que representa o Benfica, foi ainda mais expressivo. “O foco está na comunidade negra, pois são eles que estão a ser oprimidos. Tal como retratam as imagens, somos irmãos, lutamos uns pelos outros fora do campo como uma família, defendemos algo em que acreditamos. A comunidade europeia está finalmente a aperceber-se da realidade.

Quando todos convergem pela mesma ideia, pelo amor fraterno, é quando consegues fazer a diferença no mundo”.


E, peremtório, Micah Downs, sintetisa . “Não tenho a discriminação no meu coração, nem na minha alma; se fosse por outra etnia estaríamos presentes e lutaríamos por eles”.


Um pouco mais comedido, ele que defende as cores da Ovarense, Jacques Conceição: “Apenas pessoas mal educadas e mal informadas, que vivem tempos de escravatura na sua mente, praticam racismo”.


Como bom seria que, no Desporto como na (outra) Vida, independentemente da religião ou etnia, pudéssemos, em qualquer circunstância, observar um comportamento em torno da igualdade e da solidariedade, a juntar a uma melhor e, portanto, mais assertiva justiça social.


Só assim, neste novo (mais difícil e mais incerto) tempo em que vivemos, se conseguiria, afinal, viver humanamente!

Humberto Gomes

“Embaixador para a Ética no Desporto”

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