Comunidade de Aljezur integra elenco de espetáculo para celebrar a liberdade

No elenco de bailarinos e atores participam cerca de 80 pessoas residentes no município

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Armazéns e ruas da vila de Aljezur vão servir de palco para o espetáculo de música, dança e teatro, com o envolvimento da comunidade local, para assinalar os 50 anos do 25 de Abril de 1974, foi anunciado.

O espetáculo, intitulado “e se fizéssemos tudo outra vez”, pretende “celebrar a liberdade, retratando momentos que antecederam a Revolução [dos Cravos] até aos dias de hoje”, disse Giacomo Scalisi, um dos criadores.

“No elenco de bailarinos e atores participam cerca de 80 pessoas residentes no município, sendo os textos escritos e adaptados por Sandro William Junqueira e baseados em alguns testemunhos da população que vivenciou o período da revolução e das várias gerações até aos dias de hoje”, realçou.

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De acordo com Giacomo Scalisi, a iniciativa insere-se na programação das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 da Câmara de Aljezur, e divide-se por um momento de dança, onde é retratada uma festa intitulada de ‘jantar revolucionário’, num armazém de Odeceixe, uma peça de teatro no Castelo, e a assembleia revolucionária, que tem na música o foco principal.

“No jantar revolucionário queremos mostrar como é que as pessoas viviam as suas refeições antes da revolução, sabendo que, neste concelho [Aljezur] e por aquela altura a população era muito pobre”, realçou.

A segunda parte do programa, no dia 25 de abril, começa com teatro “onde as palavras e pensamentos revolucionários são expressados no Castelo e nas ruas da vila”, seguindo-se à tarde a festa revolucionária, “uma assembleia com música alusiva à data, interpretada pela banda filarmónica local”.

Segundo Scalisi, a produção em coautoria com Madalena Victorino e Sandro William Junqueira pretende, “além de retratar alguns momentos do período da revolução, ouvir a vivência das novas gerações para que, no fundo, deem a sua opinião sobre o que deu nome ao espetáculo…e se fizéssemos tudo de novo”.

“No fundo é tentar perceber se foi satisfeita a vontade popular na edificação de uma sociedade livre, justa e solidária”, concluiu o responsável.

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1 COMENTÁRIO

  1. Subscrevo, integralmente, a realização de eventos para celebrar a Liberdade, que nos trouxe o 25 de Abril, após 48 anos de asfixia social, que a tolhiam, seja em Aljezur, como em todo o Portugal.
    Porém, sem branquear, capciosamente, factos que ocorreram, em 74 e 75, através dos quais forças anti-democráticas, aproveitando-se, abusivamente, do período conturbado que se vivia, na altura, tentaram – felizmente, sem sucesso – instalar, no nosso país, uma ditadura comunista de inspiração cubana.

    Falo do PREC – Processo Revolucionário Em Curso, a que não foi estranho o Partido Comunista Português, no âmbito do qual e sob a falsa máscara da democracia, foram cometidos inúmeros excessos e barbaridades, que eu próprio testemunhei, como cidadão comum, que chegou ao ponto de envolver o cerco à Casa Símbolo da nossa Democracia : a Assembleia da República.

    Era este o tipo de “democracia” (entre muitas aspas) que nos queriam oferecer algumas forças, que, felizmente, foram derrotadas com o 25 de Novembro de 1975, forças que, hoje, hipocritamente, se reclamam de democráticas, quanto, inversamente, todos conhecemos os contornos dos regimes onde elas são Poder, como na China, Venezuela, Cuba ou Coreia do Norte.

    Aqui fica para que conste !

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