Seul e Washington deram início ontem aos seus dois maiores exercícios militares anuais – o ‘Key Resolve’ e o ‘Foal Eagle’-, apesar das críticas do regime de Kim Jong-un.
A data dos exercícios militares deste ano coincide com os últimos dois dias do reencontro de coreanos separados pela guerra, um evento que é visto como um passo positivo para melhorar as relações entre os dois países vizinhos.
Inicialmente, a Coreia do Norte insistiu para que os exercícios militares começassem depois das reuniões familiares acabarem, mas Seul recusou e o regime de Pyongyang acabou por aceitar que as reuniões decorressem conforme planeado.
O exercício militar ‘Key Resolve’, que se estende até 9 de março, é uma ação maioritariamente simulada por computador e envolve cerca de dez mil militares sul-coreanos e 5200 norte-americanos, com mil vindos de bases norte-americanas exteriores.
Já o ‘Foal Eagle’, que se prolonga até 18 de abril, envolve treinos aéreos, navais e terrestres e mobiliza cerca de sete mil militares americanos, que vão juntar-se às tropas da Coreia do Sul. Ao todo, os dois exercícios militares contam com 12.700 militares norte-americanos.
Os dois aliados defendem que os exercícios anuais são de natureza “estritamente defensiva” e que não pretendem provocar a Coreia do Norte, mas apenas coordenar a defesa em caso de eventuais conflitos com o país vizinho. Pyongyang descreve as manobras como “ensaios de guerra”.
Até agora, não foi registado nenhum movimento anormal das tropas norte-coreanas em resposta aos exercícios, de acordo com Kim Min Seok, porta-voz da defesa de Seoul.
Os Estados Unidos mantêm, ao todo, 28.500 militares na Coreia do Sul para honrar o tratado de defesa mútua que assinaram há mais de 60 anos, após a Guerra da Coreia ter acabado com um armistício em vez de um tratado de paz.
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