O Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve (UALG) começa na quarta-feira a efetuar análises para o diagnóstico do vírus COVID-19, podendo realizar nesta primeira fase até 40 por dia, segundo o diretor e investigador do centro, Clévio Nóbrega.
Em declarações à agência Lusa, o diretor afirmou que o centro foi ativado para responder a nível nacional à necessidade de fazer um maior número de testes, “nomeadamente a idosos dos lares e de outros locais e às populações mais vulneráveis”.
“Não vamos fazer a recolha das amostras, essa parte será articulada com o Algarve Biomedical Center (ABC), mas, sim, a extração do material genético do vírus num laboratório de nível de segurança II e, numa segunda fase, a deteção dos coronavírus”, adiantou Clévio Nóbrega.
Segundo o responsável, vão ser analisadas, para já e em média, 40 amostras diárias por questões de otimização do processo, mas “se houver necessidade pode ser duplicada, ou mesmo triplicada essa capacidade”.
“Vamos ter cinco equipas fixas de três investigadores a trabalharem sete dias por semana, em regime de rotação, demorando o processo todo de análise de cada amostra entre três a cinco horas para obter o resultado”, apontou.
Segundo Clévio Nóbrega, o centro reúne todas as condições para a realização dos testes de diagnóstico ao vírus, incluindo um laboratório de segurança e “uma câmara de contenção onde é extraído o material genético do vírus”.