Crise fechou 970 construtoras em 2010 e 152 no 1º trimestre

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A crise no mercado residencial forçou a insolvência de 970 construtoras em 2010 e mais 152 no 1º trimestre de 2011.

Perto de um milhar de empresas do sector da construção terão fechado as portas em 2010. O cálculo pertence à AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços em que aponta como principal causa a forte quebra registada no mercado da construção de edifícios.

De acordo com a última análise da AECOPS, 970 construtoras terão sido objeto de processo de insolvência durante o ano passado, traduzindo um aumento de 26% face ao ano anterior. Já no primeiro trimestre de 2011, os dados disponíveis apontam para mais 152 novos casos de insolvência, representando 14% do número total de casos registado mo país.Por regiões, o Alentejo é a zona mais afetada, seguida pelo Centro.

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A queda na procura em especial no segmento residencial, foi a principal responsável pelo crescimento do número de insolvências. Com apenas 3.088 novos fogos licenciados nos primeiros dois meses, 2011 apresenta uma redução homóloga, em termos nacionais, de 25%. Além do Algarve (-67%) Lisboa e Centro protagonizaram quebras mais acentuadas. E nem só pequenas construtoras são atingidas. Recentemente, o mercado nortenho foi abalado pelo pedido de insolvência, da Novopca, uma histórica com faturações na casa dos €100 milhões. Em 2010, fora a Alberto Mesquita a sair do mercado.

Mais animadores apresentam-se, para já, os dados relativos às obras públicas, que apontam para um aumento do número (59%) e do valor (5%) das empreitadas a concurso. As adjudicações seguem o mesmo trajeto: +37% em número e e 98% em valor, durante o primeiro quadrimestre do ano. A região mais beneficiada com a retoma foi a zona Centro, com crescimentos homólogos em valor de 22% (concursos abertos) e 66% (adjudicações).

A evolução desfavorável traduziu-se no agravamento do desemprego. O documento da AECOPS recorda que a contribuição da fileira da construção para o desemprego varia, entre os 12,7% na região Centro e os 20% no Algarve.

JA/Rede Expresso
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