Cristóvão Norte alerta para necessidade de dragagens na Ria Formosa

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O deputado do PSD Cristóvão Norte, eleito pelo Algarve, questionou esta terça-feira o secretário de Estado do Mar sobre a Ria Formosa. O deputado social-democrata entende que é necessário redefinir o plano de dragagens previsto.

Em audição da Comissão de Agricultura e Mar, realizada na terça-feira, Cristóvão Norte questionou o secretário de Estado do Mar sobre o plano de dragagens previsto para a Ria Formosa. Nesse sentido, reconhecendo “os constrangimentos financeiros a que o Governo está subordinado”, Cristóvão Norte assumiu que “ainda que as prioridades de intervenção sejam no sentido de proteger pessoas e bens, em situações de urgência o Governo deve atender à necessidade de preservar a subsistência económica de quem trabalha na pesca e em atividades conexas, como é o caso da Ria Formosa”.

Lembrando que a Ria Formosa é “um ecossistema frágil e complexo, sendo por vezes difícil estimar os resultados das dinâmicas naturais e agir em conformidade”, o deputado social-democrata salientou que “se deve reavaliar o programa de dragagens previsto pela Sociedade Polis Ria Formosa, de modo a que o mesmo saiba também absorver e ponderar os contributos de quem conhece a Ria a fundo”.

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O parlamentar algarvio alertou para a elevada incidência da mortandade de bivalves que, em sua opinião, se deve “a insuficiente dinâmica de renovação das águas, pelo que qualquer intervenção deve assegurar que se vence este constrangimento que, segundo as diversas associações é o maior desafio com que se confrontam, e tal exige dragagens na Barrinha”.

A falta de oxigenação na água e correntes está a originar a destruição de canais e a mortandade dos bivalves, o que acarreta graves problemas a quem depende da Ria.

O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, embora não se tenha comprometido com qualquer solução, afirmou estar disponível para “reunir com as associações para se encontrarem as melhores soluções”.

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2 COMENTÁRIOS

  1. O que é que vocês pretendem, mais dragagens? se calhar querem as dragas do Brazinho, a surripar mais areia, para vender à contrução de casas salitrosas, aniquilando no processo as ilhas barreira. a areia é uma massa amovível, quando se a extrai num ponto, toda a outra corre para lá, nos anos 80, 90, e já neste seculo, a pretexto de afundar a ria, extrairam-se milhões, e milhões de toneladas de areia, o que fez com que o Farol já não tenha praia.

    •  Bem dito, de facto. A via do infante foi também ela construída desta forma, e se o Farol está mal, veja-se então a Fuseta, que passou de uma ilha com centenas de metros de comprimento para meia dúzia de dunas onde mal se consegue estender uma toalha em dias de marés viva – e tudo isto num espaço de uma década…

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