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O deputado do PSD, Cristóvão Norte, questionou o ministro do Planeamento e Infra-Estruturas, no decorrer do debate na especialidade do Orçamento de Estado de 2017, sobre as obras na EN 125.
Cristóvão Norte relembrou que a obra se encontra parada desde julho. Recordou que já tinha questionado o ministro em anteriores ocasiões e explicado que a paragem das obra se devia ao incumprimento de contratos, designadamente do incumprimento perante as Infra-Estruturas de Portugal à concessionária e, depois, esta a sub-empreiteiros, o que motivou rescisões de contratos e um estaleiro a céu aberto distribuído pela via, ao abandono, com situações perigosas de sinalização e tráfego muito afectado.
Para o deputado eleito pelo Algarve, este adiamento “é uma opção política e é um desrespeito não prestar contas e esconder-se perante um muro de silêncio, sendo que a obra vai de adiamento em adiamento”.
O deputado assinalou também que o Governo tinha outra versão: “Assumira em julho a paragem da obra entre Vila do Bispo e Faro, mas garantia que isso se devia à incompatibilidade do tráfego no verão com a intensidade da obra em alguns pontos cruciais e que a obra recomeçaria em setembro e estaria concluída até ao final do ano”.
“Não havia qualquer outra razão. O Governo comprometeu-se, nesse altura, em Julho, a lançar a obra de requalificação do troço Olhão-VRSA em 2017. Esta teria sido uma boa decisão de as obras tivessem recomeçado”, considerou.
Cristóvão Norte questionou novamente em setembro e o ministro reafirmou o que já tinha dito, ainda que faltassem 15 dias para o fim do prazo.
O deputado social democrata concluiu a sua intervenção reclamando que a obra se inicie com urgência, para que seja lançado a requalificação do troço entre VRSA e Olhão, que está “muito degradado” e “é essencial para a mobilidade e economia do Sotavento”, frisou.
Cristóvão Norte lançou ainda o desafio ao ministro para que, quando a obra se fizer, tal como os deputados do PSD já propuseram e foi chumbado por PS, BE e PCP, o Governo suspenda durante esse período a aplicação de portagens nos troços que vierem a ser encerrados, como já foi anunciado pelo Governo.
O ministro não deu qualquer garantia e disse que espera que a obra se reinicie em 2017. Também não se comprometeu com a questão das portagens nem com a da requalificação do troço VRSA – Olhão.