CRÓNICA DE FARO

“Faro e as minhas a(!)atitudes”

É este o sugestivo, significativo e afectivo título da exposição patente no Museu Municipal de Faro (Convento de Nossa Senhora da Assunção ou das Freiras, em plena Vila-a-Dentro), da autoria desse devotado e exemplar farense que é Luís Nadkarni, por muitos merecidamente designado pelo “Alpinista de Faro” que, tem levado a bandeira da sua Terra–Mãe aos picos mais altos picos desse Mundo em fora.

Até final deste mês de Fevereiro existe o magnífico ensejo de se apreciar na dúzia de fotos expostas nas claustros do conhecido monumento erigido no século XVI com o apoio da raínha dona da cidade o que tem sido a louca aventura deste exímio trepador de íngremes vertentes de montanhas famosas pela sua atitudee perigocidade.

Junto ao peito heroíco, onde se aloja um coração que vibra a todo e qualquer instante pela cidade onde viu a luz do dia, em 22 de Maio de 1960, Luis Nadkarni leva sempre a flâmula da “Cidade de Santa Maria”, com a imagem entre as duas torres emblemáticas, como que a protegê-lo.

Numa mistura de ascendência farense pelo lado materno (a mãe D. Vitória foi funcionária superiora da Câmara Municipal de Faro) e indiana no ao pai se refere, o sr. Xencora, que militou com mérito em funções administrativas na Direcção de Estradas do Distrito de Faro (seu avô, o sempre saudoso dr. Xencora Ramachondra Sinai Nadkarni, foi nosso afectuoso e afectivo mestre na Escola Tomás Cabreira, no início dos anos 50 do século passado), o Luís é um caso muito sério e proeminente da nossa cidade.

A sua coragem, valor e determinação levou-o a estabelecer um record pessoal, que a ele o honra e a todos nós algarvios nos orgulha de subir até aos 4 362 metros de altitude nas dificílimas escarpas dos Alpes (uma das fotos expostas mostra-o neste maciço montanhoso com a bandeira cidade nos 4 304 metros).

De permeio referências a um sem número de aventurosas expedições iniciadas em 1978, com apenas 18 anos, no Cerro da Cabeça (Moncarapacho – para quando o aproveitamento turístico e a integração das suas grutas nos roteiros turísticos e culturais da Região, como durante anos, então na Região de Turismo, lutámos pela concretização deste projecto?), na Rocha da Pena (Salir), na Costa Vicentina ou lá fora em zonas alpinísticas “in” (Gredos, Seirra Neva, Almanzor, Everest, etc).

Para o Luís Nadkarni, dilecto amigo, as nossas felicitações e os mais vivos agradecimentos por ter levado Faro a tão altas paragens, pois como dizia o filósofo jesuíta Teillard de Chardin “Tous que monte s’éleve” (Tudo o que ascende eleva-se!).
João Leal

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