Com assinalado destaque noticiou a comunicação social que finalmente, após vários, e por certo, justificados entraves do Tribunal de Contas, foi autorizado a abertura do lançamento do concurso para adjudicação da construção da nova ponte a ligar a EN 125/10 à praia de Faro. A ponte, a tão desejada e necessária ponte, parece que vai mesmo desta ser uma realidade, com todas as benesses e questões que a sua erecção vai suscitar. Era uma das questões altamente pertinentes do concelho de Faro esta ligação a atravessar a Ria Formosa desde a Carga de Palha à Ilha Ancão.
Os problemas, cada vez em maior número, de há muito vinham esperando uma solução e espera-se que, desta feita, a nova – futura ponte – seja uma realidade.
Quando há mais de seis décadas tal ligação primeira aconteceu, rejubilou-se com o facto e foi a ponte a grande responsável pelo incremento que a estância conheceu até às graves situações vividas nestes anos em que os problemas têm crescido, de forma proporcional, ao aumento da ocupação quer de pessoas como de viaturas. Não se trata apenas de um problema, tal como os muitos e conhecidos da EN 125, da época estival mas bem pode escrever-se, com a devida escala e medida, de todo o ano.
Espera-se agora que os procedimentos burocráticos que lhes estão adstritos, conheçam a desejada rapidez e que em breve a nova ponte para a ilha ou praia de Faro seja uma realidade.
Desta feita ao Tribunal de Contas, entidade que entre outras razões, considerava o terrível passivo do Município da capital sulina, levantou o impedimento, o que por todas as razões é um sinal da maior significância e confirmou à câmara municipal o modelo de construção e constituição desta infraestrutura e o protocolo de cooperação técnica e financeira a ser celebrado com a autarquia e a POLIS Litoral Ria Formosa, entidade promotora do concurso.
A história desta ponte de via única dava história para um “livro de estórias autênticas” tantos e tão extremos foram os caso ali ocorridos, que forma do trágico ao irónico e que de futuro se espera seja acautelados. Não queremos esquecer para além do ato inaugural as atenções devidas aos vários executivos autárquicos, com relevo para os presididos pelos doutores João Botelho e Rogério Coelho, para o estado da ponte que chegou a estar com o trânsito condicionado e todos os inconvenientes daí oriundos. É evidente que este dossier, o que é perfeitamente natural, gere ainda muita polémica e múltiplas tomadas de posições. Mas um passo de gigante foi dado e nós acreditamos que a nova ponte para a praia/ilha de Faro seja uma realidade dentro de alguns (poucos…) anos!
João Leal